CADÊ A CARAMELO?

Vereadora aciona a PC após cadela em situação de rua "sumir" em Uberaba

Uma outra cadela, com quem a "sumida" convivia nas ruas de Uberaba, foi atropelada e o motorista fugiu; felizmente, o animal foi resgatado e recebeu socorro

Joanna Prata
Publicado em 03/07/2025 às 09:35Atualizado em 03/07/2025 às 10:05
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Há relatos de que um homem teria dito ter repassado o animal a um protetor, mas, até agora, não há qualquer confirmação sobre seu paradeiro (Foto/Reprodução)

Há relatos de que um homem teria dito ter repassado o animal a um protetor, mas, até agora, não há qualquer confirmação sobre seu paradeiro (Foto/Reprodução)

O desaparecimento de uma cadela caramelo em situação de rua nas imediações dos bairros São Bento, Fabrício e Tancredo Neves, em Uberaba, escancarou uma realidade vivida por muitos animais abandonados: a intolerância, a negligência e, principalmente, o desrespeito à lei. A situação foi denunciada pela vereadora Denise Max, que acompanha o caso e classificou os atos praticados contra os animais como de “extrema crueldade”.

Segundo a parlamentar, as duas cadelas — uma preta e uma caramelo — chegaram à rua há algumas semanas e eram cuidadas por moradores que se solidarizaram. Elas recebiam alimento, cobertores e até caixas de papelão para se abrigarem. No entanto, algumas pessoas da vizinhança começaram a destruir os abrigos improvisados e a retirar os panos que protegiam os animais do frio. “A rua é pública, mas tratavam como se fosse particular. Como se não houvesse espaço nem para a compaixão”, lamentou Denise.

Uma das cadelas, a pretinha, foi atropelada recentemente. Ela foi socorrida por uma moradora e está sob cuidados, mas a caramelo desapareceu. Há relatos de que um homem teria dito ter repassado o animal a um protetor, mas, até agora, não há qualquer confirmação sobre seu paradeiro. “O que nos revolta é a possibilidade de ela ter sido retirada dali à força, levada para longe ou até abandonada. Essa prática não é apenas desumana. É crime”, enfatizou a vereadora.

De acordo com a Lei Estadual nº 21.970/2016, é permitido manter animais comunitários — cães e gatos que vivem em espaços públicos, mas são cuidados por moradores — em qualquer local, com o direito de receber abrigo, comida e proteção. A lei é complementada pela legislação municipal, que inclusive prevê a instalação de casinhas públicas pela prefeitura em locais como praças e calçadas. Atos de agressão, abandono ou impedimento do cuidado a esses animais configuram crime de maus-tratos, previsto no artigo 32 da Lei Federal nº 9.605/98, com pena que pode chegar a cinco anos de reclusão.

A vereadora já acionou a Polícia Civil e solicitou apuração rigorosa do caso. “É preciso responsabilizar quem age com tamanha frieza. Se não gosta de animais, que ao menos respeite. Estamos falando de vidas, de seres que sentem fome, frio e dor como qualquer um de nós”, afirmou. A busca pela caramelo continua, com esperança e com o apelo para que a cidade olhe com mais humanidade para seus animais esquecidos.

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