No início desta semana, algumas escolas e faculdades retomaram suas aulas. E a partir de segunda-feira, 3 de agosto, a grande maioria estará em atividade normal do segundo semestre letivo. Por isso, empresários que trabalham e dependem das instituições de ensino, vivem a expectativa de melhores dias nas vendas. Porém, até o momento, o cenário não é animador. Durval Abreu, diretor de uma malharia que confecciona uniformes escolares, afirma que nas últimas duas semanas o movimento cresceu, mas de forma muita discreta, bem diferente do mesmo período em 2008. Para ele, as vendas podem ser alavancadas nos primeiros dias de agosto. Mesmo assim, de acordo com o comerciante, os clientes estão mais comedidos na hora de comprar uniformes. “Em relação ao ano passado, as vendas estão 15% menores. No entanto, os preços continuam os mesmos. Antes, as pessoas compravam cinco jogos de uniformes. Hoje, levam dois e já acham muito”, salienta. Nas papelarias, o clima também é de desconfiança e apreensão em relação à baixa procura por materiais escolares. Rosângela Angotti Carrara, proprietária de uma papelaria no centro da cidade, lamenta a queda de 25% nas vendas, em relação ao ano anterior. Para ela, o fato de grande parte das escolas estarem trabalhando com apostilas, afetou as vendas, já que os próprios colégios confeccionam o material. Além disso, lembra ela, as pessoas estão mais receosas na hora de assumirem uma dívida.