São Paulo denuncia “erros graves” e cobra punição à arbitragem após derrota para o Palmeiras no MorumBis (Foto/Cesar Greco/Palmeiras)
A derrota do São Paulo para o Palmeiras por 3 a 2, neste domingo (5), no MorumBis, transformou o clássico em um caso de bastidores. Pouco após o apito final, o clube tricolor divulgou nota oficial cobrando medidas imediatas da CBF contra o árbitro Ramon Abatti Abel e o responsável pelo VAR, Ilbert Estevam da Silva.
No comunicado, assinado pelo presidente Júlio Casares, o São Paulo expressa “profunda indignação” e afirma que “os erros em lances capitais tiveram influência direta no resultado do jogo”. A diretoria classificou a atuação da equipe de arbitragem como “mais uma das desastrosas” do Campeonato Brasileiro, ressaltando prejuízos técnicos e esportivos.
O principal lance citado é um suposto pênalti em Gonzalo Tapia, quando o time ainda vencia por 2 a 0. O árbitro ignorou a jogada, e o VAR, segundo o clube, “optou pela omissão”. Minutos depois, uma falta não marcada sobre o mesmo jogador originou um dos gols da virada palmeirense.
Em outro trecho, o São Paulo cita entradas violentas de Gustavo Gómez, Raphael Veiga e Andreas Pereira, que, na visão tricolor, “deveriam resultar em cartão vermelho”. Para o clube, a ausência de revisão do vídeo “causa perplexidade e mina a credibilidade da competição”.
Nos bastidores, o diretor de futebol Carlos Belmonte também se manifestou, afirmando que “o VAR no Brasil é uma vergonha” e que o clube pretende formalizar queixa junto à Comissão de Arbitragem.
Apesar da revolta, o resultado manteve o São Paulo com 38 pontos, distante da zona de classificação à Libertadores. Já o Palmeiras, com a virada, consolidou-se na briga pela liderança do campeonato.
O clima nos vestiários tricolores foi de frustração e descrença. A cúpula promete não deixar o episódio passar em branco — e quer que o caso sirva de exemplo para novas condutas na arbitragem brasileira.