Clube promove leilão de R$ 10 milhões no Tribunal Regional do Trabalho para antecipar pagamentos e reduzir dívida trabalhista (Foto/FFC)
O Fluminense deu início a uma nova estratégia para reduzir seu passivo trabalhista e equilibrar as contas em 2025. O clube promoveu nesta quinta-feira (23) um leilão judicial de R$ 10 milhões no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) do Rio de Janeiro.
A medida faz parte do Regime Centralizado de Execuções (RCE), que organiza o pagamento das dívidas sob supervisão da Justiça. O objetivo é antecipar parte do pagamento dos débitos e gerar fôlego financeiro para a próxima temporada. O total da dívida trabalhista tricolor é estimado em R$ 55 milhões, e o leilão deve abranger cerca de 20% desse valor.
A ação foi aprovada pelo Ministério Público do Trabalho e pela Comissão de Credores do RCE, permitindo que o clube negocie com os credores por meio de deságios — ou seja, descontos sobre os valores devidos. O formato prevê dois pregões: o primeiro voltado a credores com valores menores, de até R$ 1 milhão, e o segundo para aqueles com créditos maiores, exigindo um deságio mínimo de 30%.
Desde 2022, quando aderiu ao RCE com base na Lei da SAF, o Fluminense destina R$ 1,3 milhão por mês à Justiça do Trabalho, além de uma parcela anual de R$ 4,8 milhões. O clube pretende agora acelerar parte dessas quitações, aproveitando o bom momento de receitas com premiações e negociações recentes.
Com o leilão, o Tricolor espera diminuir a pressão sobre o caixa e abrir caminho para novos investimentos. A medida também reforça o esforço da diretoria em equilibrar as finanças sem comprometer o desempenho esportivo — especialmente com o clube ainda ativo em competições nacionais e internacionais nesta reta final de 2025.