E AGORA?

Quebra de sigilo expõe suspeitas de gastos irregulares no Corinthians

Publicado em 20/09/2025 às 08:37
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Cartões corporativos do Corinthians entram na mira da Justiça em meio a crise política (Foto/GPT)

O Corinthians voltou ao centro de uma polêmica que mistura política, finanças e Justiça. A juíza Márcia Mayumi Okoda Oshiro, atendendo a pedido do Ministério Público, determinou a quebra do sigilo dos cartões corporativos do clube. O objetivo é investigar possíveis irregularidades em despesas realizadas nos últimos anos.

O inquérito acompanha de perto as administrações de Andrés Sanchez, Duílio Monteiro Alves e Augusto Melo, período em que suspeitas sobre gastos acima do normal ganharam força. Para os promotores, havia indícios de uso indevido dos cartões em compras que não se enquadravam nas atividades do Corinthians.

O clube, em resposta, divulgou que já entregou relatórios e faturas ao MP. A diretoria afirma que não há nada a esconder e que toda a documentação foi enviada de forma eletrônica. A promotoria, no entanto, questiona a demora no envio e sustenta que só recentemente teve acesso completo às informações.

Entre os pontos que chamaram atenção está o caso de um minimercado que teria emitido notas fiscais suspeitas. O estabelecimento, segundo investigação, não apresentava sinais de funcionamento, apesar de constar como fornecedor do clube em valores relevantes. Apenas em uma semana, as despesas somaram mais de R$ 30 mil.

A medida judicial também alcança esse comércio, que tenta suspender a decisão por meio de habeas corpus.

As dúvidas sobre os cartões não são novas. Em 2021, Andrés Sanchez reconheceu ter utilizado, por engano, o cartão corporativo em uma viagem pessoal de fim de ano. Ele devolveu pouco mais de R$ 9 mil ao clube, mas o episódio reforçou críticas sobre a falta de controle nos gastos.

Em outro episódio polêmico, documentos importantes desapareceram durante uma invasão ao gabinete da presidência em maio de 2025, quando Augusto Melo ainda tentava se manter no cargo. O suposto furto atrasou a entrega de parte dos relatórios.

O Ministério Público agora pretende cruzar os dados coletados para entender se houve fraude ou má administração. O clube, já fragilizado financeiramente e vivendo turbulência política, pode enfrentar novas consequências a depender das conclusões.

A investigação é mais um capítulo de uma sequência de crises que abalam a confiança de torcedores e sócios. No Parque São Jorge, o clima segue de incerteza enquanto a Justiça avança sobre as contas do clube.

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