GERAL

Apenas mil pessoas se tratam de hepatite C no HC em Uberaba

Número é pequeno perto da quantidade de pessoas que podem ter a doença, que atinge cerca de 2% da população

Thassiana Macedo
Publicado em 12/06/2012 às 16:23Atualizado em 19/12/2022 às 19:11
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Referência no tratamento da doença, Ambulatório Maria da Glória não tem fila e oferece testes e tratamento gratuitos

O atendimento ambulatorial de Hepatites do Ambulatório Maria da Glória, no complexo hospitalar da UFTM, vai completar 16 anos de atividades no mês de agosto. Vinculado à disciplina de Gastroenterologia, é referência em tratamento de hepatites e classificado como o segundo maior de Minas Gerais, depois de Belo Horizonte. Atualmente, mil pacientes estão cadastrados e realizam tratamento contra Hepatite C. Mas, por se tratar de uma doença silenciosa, esse número pode ser pequeno perto da quantidade de pessoas com a possibilidade de ter a doença e desconhecer o problema.

Segundo a médica responsável pelo atendimento no Ambulatório de Hepatites, Geisa Perez Medina Gomide, cerca de 2% da população possui a doença. “Poucas pessoas procuram tratamento porque não sentem nada”, diz a médica, lembrando que os sintomas só aparecem com o surgimento da cirrose. “Todos que procuram o serviço são atendidos”, afirma. “Não temos fila e o tratamento é realizado gratuitamente, com recursos da Secretaria de Estado da Saúde”, ressalta.

A maior demanda no ambulatório é para hepatite C, o tipo mais comum da doença, porém mais difícil de obter a cura espontânea. Com tratamento, entre 50% e 60% dos casos têm cura. Na hepatite A, a cura é espontânea, com eliminação em 100% dos casos.

Pacientes crônicos. Já a hepatite B tem cura espontânea em 90% dos casos. “Na nossa região, a prevalência ficou abaixo de meio por cento, conforme levantamento realizado pelo hemocentro. Os casos que não se curam necessitam de acompanhamento para o resto da vida e os pacientes se tornam portadores crônicos do vírus”, explica Geisa. Ela acrescenta que não há como definir qual vírus é mais grave. 

Para detectar a doença, é preciso fazer o teste, que pode ser solicitado em qualquer consulta de rotina ou exame periódico. Além do HC, o exame pode ser feito no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), Programa Municipal de DST/Aids.

“O doador de sangue que descobriu a doença na primeira doação, a gestante que faz o pré-natal e o funcionário após o exame periódico de empresa são os que mais procuram o atendimento ambulatorial de hepatites”, relata Geisa. Ela recomenda às pessoas que se consideram de grupo de risco que peçam para fazer o teste quando forem a qualquer consulta médica ou que procurem o CTA. “Muitos médicos não pedem o exame, mesmo sabendo que a pessoa faz parte de algum grupo de risco”, observa, ressaltando a importância de se realizarem campanhas para a conscientização. Em julho será realizada nova campanha, no Dia Mundial de Combate às Hepatites, celebrado no dia 28.

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