TECNOLOGIA

Criador do ChatGPT critica pedido de pausa em estudos da Inteligência Artificial

Sam Altman disse que não se trabalha com uma versão mais potente da IA, como sugere carta assinada por Elon Musk e outros notórios

O Tempo
Publicado em 14/04/2023 às 17:19
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Avanços da inteligência artificial assustam (Foto: Banco de Imagens/ Freepik)

A OpenAI não trabalha no desenvolvimento do GPT-5, possível versão mais potente da inteligência artificial (IA) por trás do ChatGPT (ferramenta capaz de gerar textos), disse o executivo-chefe da startup, Sam Altman, em evento realizado na quinta-feira (13) no MIT (Massachusetts Institute of Technology), nos Estados Unidos.

Altman abordou o tema ao ser questionado pelo pesquisador do MIT Lex Friedman sobre a carta que pediu uma pausa no desenvolvimento de IAs geradoras (capazes de produzirem textos, imagens ou outras obras) e reuniu assinaturas de Elon Musk, do escritor Yuval Harari e do cofundador da Apple Steve Wozniak,.

O documento, foi divulgado no fim de março, pelo Future of Life, instituto aconselhado e financiado por Musk. Foi uma resposta a rumores de que o GPT-5 poderia alcançar a inteligência artificial geral, quando a tecnologia conseguiria executar qualquer tarefa intelectual possível para seres humanos.

No mesmo mês, a OpenAI havia lançado o GPT-4, nova tecnologia que, de um lado, impressionou o público pelas respostas mais precisas do que as do ChatGPT (equipado com o GPT-3.5), mas também elevou preocupações sobre novos riscos de desinformação, da cibersegurança e da deterioração do mercado de trabalho.

Altman afirma compartilhar a preocupação com problemas citados na carta assinada por Musk, mas considera que o documento ignora nuances técnicas. "Não discute em que parte do processo precisamos pausar." "É cada vez mais necessário adicionar segurança à medida que os modelos de IA ganham novas capacidades", acrescenta Altman. De acordo com o executivo, a OpenAI prioriza o aperfeiçoamento do GPT-4, que passou por treinamentos de segurança por seis meses antes de ser apresentado ao público.

A OpenAI, contudo, seguirá com a estratégia de lançar produtos imperfeitos para o público, segundo Altman. O ChatGPT, por exemplo, entrega respostas imprecisas ou erradas. Empresas pioneiras em IA como o Google e a Microsoft, pisavam em ovos em relação à tecnologia, depois de gafes como o chatbot Tay, de 2016, que reproduziu discursos de ódio no Twitter.

"Nosso objetivo é fazer o mundo se envolver na discussão sobre inteligência artificial, pensar nisso e gradualmente melhorar e construir novas instituições ou adaptá-las para entender qual o futuro que a sociedade quer", afirma o executivo, que chefia a parte empresarial da OpenAI. O braço sem fins lucrativos da startup, presidida por Greg Brockman, diz ter a missão de "desenvolver inteligência artificial geral que beneficie toda a sociedade".

Altman reconstruiu a OpenAI como o que chamou de empresa de lucro limitado, em 2019. Isso permitiu que buscasse bilhões de dólares em financiamento, prometendo lucro a investidores como a Microsoft. Mas esses lucros são limitados, e qualquer receita adicional será bombeada de volta para a organização sem fins lucrativos OpenAI, fundada em 2015.

A ideia do executivo é que a OpenAI captará grande parte da riqueza do mundo por meio da criação da AGI e depois redistribuirá essa riqueza para as pessoas. Em Napa, em conversa com o New York Times, ele citou vários números -US$ 100 bilhões, US$ 1 trilhão, US$ 100 trilhões. Em manifesto de 2021, Altman afirma que a inteligência artificial geral tem o potencial de transformar a economia e substituir profissionais caros, como professores de ensino superior e médicos. Por isso, ele convoca governos a discutirem os impactos da tecnologia desde então.

Fonte: O Tempo

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