A Heineken também destacou enfraquecimento do setor no país desde o 2º trimestre, embora mantenha otimismo no longo prazo, com novos investimentos (Foto/Reprodução)
As ações da Ambev (ABEV3) recuaram 2,14% nesta quarta-feira (3), a R$ 11,90, após a divulgação dos dados do IBGE sobre produção de bebidas em julho de 2025, que mostraram queda de 15% em relação ao ano anterior e de 5% frente a junho. O resultado foi o pior para o mês desde 2015.
Segundo o Bradesco BBI, os números reforçam a desaceleração da indústria de cerveja no Brasil: no acumulado de 2025, a produção caiu 3,6% e, nos últimos 12 meses, 3%. O banco avalia que o ambiente de consumo está enfraquecido, limitando espaço para novos reajustes de preços, apesar da inflação da cerveja já registrar alta de 0,4% em termos reais.
A Heineken também destacou enfraquecimento do setor no país desde o 2º trimestre, embora mantenha otimismo no longo prazo, com novos investimentos como a cervejaria em Passos (MG).
Enquanto o Bradesco BBI mantém recomendação neutra para ABEV3, o Goldman Sachs indica venda, atribuindo os dados negativos à concorrência acirrada, preços elevados, clima desfavorável, fragilidade macroeconômica e mudanças nos hábitos de consumo. O banco alerta ainda que agosto pode registrar novos volumes negativos, aumentando o risco para as projeções do 3º trimestre.