A balança comercial de Minas Gerais fechou o mês de agosto com um superávit expressivo de US$ 1,5 bilhão, consolidando um saldo positivo de US$ 16,9 bilhões no acumulado dos primeiros oito meses do ano. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex/Mdic) e compilados pela Fundação João Pinheiro (FJP) nesta quinta-feira (4/9).
Minas Gerais se manteve como o terceiro maior exportador do Brasil, com 10,9% de participação no comércio internacional do país, ficando atrás apenas de São Paulo (19,2%) e Rio de Janeiro (11,5%). As exportações mineiras, no entanto, registraram um recuo de 7,1% em relação a agosto de 2024, enquanto as importações cresceram 2,6%.
Minério e café sustentam exportações
A pauta de exportações mineiras continua fortemente dependente de commodities, segundo os dados, com minério de ferro e café respondendo por cerca de 50% do total. O minério de ferro, com 29,3% de participação, registrou uma queda de 5,4% em valor, mas surpreendentemente teve um aumento de 7,1% em volume.
Já o café, que representou 20,1% das vendas externas, demonstrou resiliência, com um acréscimo de 22,4% em valor, apesar da retração de 16,2% em volume. As vendas para os Estados Unidos tiveram um ganho de 17,2% em valor, compensando a queda de 16,4% no volume. Para a Alemanha, segundo principal destino, o recuo foi mais acentuado, com quedas de 22,1% em valor e 47,2% em volume.
Parceiros comerciais
A China se consolidou como o principal destino das exportações mineiras, ampliando sua participação de 36,6% para 41% em um ano. Em contrapartida, a participação dos Estados Unidos nas exportações caiu de 10,9% para 6,6%. Ambos os países também lideraram as importações de Minas Gerais, com 23,7% e 13,6%, respectivamente.
No acumulado de 2025, os dados reforçam essa tendência: China e EUA foram os principais destinos das exportações (35% e 10,9%) e origens das importações (25,3% e 13,4%). No lado das importações, o estado registrou um crescimento acumulado de 11,4% até agosto, impulsionado pela compra de máquinas e equipamentos mecânicos (+23,9%), produtos químicos orgânicos (+29,3%) e, notavelmente, produtos farmacêuticos, que dobraram em valor (+100,3%).
Fonte: O Tempo.