Denúncia de crime ambiental na ETE não chega ao MP estadual

Até o encerramento do expediente na Promotoria do Meio Ambiente de Uberaba, o promotor Carlos Alberto Valera ainda não havia sido comunicado oficialmente sobre o crime ambiental que teria ocorrido na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), do Rio Uberaba, no último fim de semana. Apurações preliminares informam que uma grande empresa localizada no Distrito Industrial 2 teria despejado dejetos impróprios para o tratamento, causando prejuízos ao processo de depuração do esgoto.

Segundo o promotor, houve apenas um contato telefônico feito no início da semana pelo subsecretário do Meio Ambiente, Rodrigo Barros, e do presidente do Codau, José Luiz Alves, informando sobre o fato. Valera disse estar aguardando um comunicado oficial do município ou da Polícia Militar do Meio Ambiental, que estiveram no local.

Valera explica que, de posse da denúncia, será instaurado um inquérito civil para apurar as causas do acidente. Caso seja constatada a negligência da empresa, será lavrada uma multa administrativa e tomadas medidas compensatórias, além de obrigar a empresa a efetuar o pagamento das despesas, pagas pelo Codau, para realizar o conserto da ETE.

O acidente. O Codau informou que a ETE foi atingida por dejetos semelhantes a serragem, com odor de madeira, e um líquido vermelho, e que o material tem origem de empresa localizada no Distrito Industrial 2, sendo lançado indevidamente. Os prejuízos ainda não foram calculados pela autarquia.