Obra está atrasada e deve ter início em 2026; 8 de janeiro fez GSI ampliar investimento em equipamentos de segurança
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende realizar, em 2026, a blindagem dos vidros do térreo do Palácio do Planalto, com um custo estimado de pelo menos R$ 8 milhões.
Caso saia do papel, a obra ocorrerá com quase três anos de atraso, já que foi idealizada pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) após os atos de 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e vandalizadas.
Segundo o ministro do GSI, general Marcos Amaro, o atraso se deve a pendências junto a órgãos como o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Ele diz que o processo está “bem avançado” para que a licitação seja feita nos próximos meses
“São requisitos colocados pelo Iphan que têm que ser atendidos. Tem necessidade, também, de um cuidado muito sério em relação à obra de engenharia que se vai fazer, pelo aumento do peso das estruturas. Esses cuidados estão sendo tomados, mas não há nenhuma restrição orçamentária para o início dessa obra”, disse Amaro, nesta quinta-feira (11/12).
O ministro pontua, ainda, que a estimativa inicial de R$ 8 milhões, feita há cerca de dois anos, pode sofrer alterações caso sejam incluídos novos reparos na obra.
“Existem outras coisas sendo acrescentadas, então pode variar esse preço. Outras áreas que poderão ser blindadas, outros vidros, não apenas no piso térreo do Palácio. Dentro do anexo do Palácio, nas guaritas, essas coisas poderão ser acrescidas ao projeto e fazer variar essa estimativa”, esclareceu.
Governo reforçou estrutura após 8/1
Os atos de 8 de janeiro de 2023 fizeram o GSI providenciar mudanças no aparato de segurança e vigilância da estrutura presidencial. A principal medida foi o aumento na quantidade de câmeras.
Segundo secretários da pasta, até o início de 2023, havia pouco mais de 60 câmeras de segurança no Planalto. Hoje, após quase três anos do ocorrido, são mais de 300. Somando também os palácios da Alvorada, residência do presidente da República, e do Jaburu, onde reside o vice-presidente, além de vias que interligam os prédios, são 708 no total.
Houve, ainda, uma reforma na sala de monitoramento do Planalto, que era considerada antiquada pelo GSI, e foi inaugurado um novo pavilhão para abrigar tropas de reforço em casos de grandes manifestações. Localizado nas redondezas do Planalto, o local tem capacidade para alocar um batalhão.
Fonte: O Tempo