A defesa do ministro alegou na última terça (9/12) que o ex-presidente deve ser submetido a uma operação para tratar soluços, e a outra, para tirar hérnia
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou à Polícia Federal (PF) que faça uma perícia médica para avaliar se há necessidade de o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ser submetido a cirurgias. A defesa do ex-presidente sustentou a necessidade de realizá-las na última terça-feira (9/12).
Moraes argumentou que o exame médico-legal a que Bolsonaro foi submetido quando foi preso, ainda de forma preventiva, na superintendência regional da Polícia Federal (PF), não indicou qualquer necessidade de “imediata intervenção cirúrgica”. “Desde aquele momento, não houve nenhuma notícia de situação médica emergencial ocorrida com Jair Messias Bolsonaro”, observou.
O ministro ainda apontou que o exame médico mais recente apresentado pelos advogados de Bolsonaro é de três meses atrás. “Os exames médicos apresentados pela defesa não são atuais, sendo que o mais recente foi realizado há três meses, sem que à época os médicos tenham indicado necessidade de imediata intervenção cirúrgica”, alegou.
A defesa do ex-presidente indicou a necessidade de uma cirurgia para tratar os soluços, “sequela das cirurgias já registradas”, e outra em razão da “piora do diagnóstico de hérnia inguinal unilateral”. “Conforme esclarecido pelos médicos, referidas intervenções cirúrgicas hoje necessárias demandam imediata internação hospitalar, de cinco a sete dias”, sustentou.
Os advogados chegaram a solicitar que Bolsonaro fosse levado ao hospital DF Star, a cerca de 2,5 quilômetros da superintendência regional da PF. “Requer-se desde já autorização para deslocamento do peticionário ao hospital DF Star, no qual referidas cirurgias serão realizadas, bem como sua permanência pelo período necessário e indicado pelos médicos responsáveis”, pleiteou.
Moraes também determinou uma perícia médica à PF quando a defesa do ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno pediu a concessão de prisão domiciliar humanitária há dez dias. Na ocasião, o ministro apontou contradições entre o exame de corpo de delito de Heleno e as informações da própria defesa.
Fonte: O Tempo.