Marcos Alex Rodrigues finalmente recebeu a notícia que tanto esperava, a de que é considerado inocente pela Justiça, após uma série de erros da Polícia Civil e do sistema penitenciário
Marcos Alex Rodrigues finalmente recebeu a notícia de que tanto esperava, a de que é considerado inocente pela Justiça. Após uma série de erros da Polícia Civil e do sistema penitenciário que poderiam acabar em julgamento e condenação injustos, o juiz da 2ª Vara Criminal da Comarca de Uberaba, Habib Felippe Jabour, julgou por bem excluir o nome de Marcos Alex do processo ao qual respondia no lugar do irmão, por tentativa de homicídio contra Edson Paulino, há cinco anos.
Consta na investigação detalhada do caso que o verdadeiro autor do crime é Mauro Sérgio Rodrigues, irmão de Marcos. Toda a confusão começou quando da prisão de Mauro, que forneceu o nome de seu irmão à polícia. A partir daí, todo o processo passou a correr com o nome de Marcos como o autor. O crime aconteceu na rua Cuiabá, bairro Santa Marta, na noite de 27 de março de 2006. O motivo seria desentendimento entre Mauro e Edson, que não quis desfazer um negócio realizzado entre ambos. Diante da negativa, foi baleado no pescoço e nas costas.
Mesmo inocente, Marcos Alex teria comparecido a todas as audiências agendadas pela Justiça, para evitar sua prisão preventiva, enquanto seu irmão, o verdadeiro culpado, havia se refugiado na região metropolitana de Belo Horizonte e hoje não possui localização certa. Durante o processo, a defesa usou todos os argumentos para que Marcos Alex conseguisse provar que não era o irmão.
Foram feitos exames grafotécnicos para comparar a assinatura do depoimento dado por Mauro Sérgio na época de sua prisão, em 2006, com o da carteira de identidade de Marcos Alex. Mas, segundo o advogado Marcos Jammal, apenas quando a edição do Jornal da Manhã do dia da prisão de Mauro Sérgio foi juntada ao processo é que se conseguiu provar a diferença entre os dois. “Eu disse na petição que o Jornal da Manhã teve uma grande importância, porque um dos argumentos que usei para provar a inocência dele foi o Jornal da Manhã que juntamos ao processo, com a foto do dia em que o verdadeiro autor foi preso e ele tinha uma tatuagem. E, em audiência realizada no dia 7 de junho deste ano, pedi que Marcos Alex tirasse a camisa para mostrar ao magistrado e ao promotor Eduardo Pimentel que ele não possui tatuagens ou sinais da retirada da marca. Se não tivesse essa foto, ia ser muito mais difícil de provar”, esclarece o advogado. A foto de Mauro Sérgio Rodrigues a que Marcos se refere foi feita no dia em que ele foi preso, juntamente com Daniel Fernandes Oliveira.