A cobrança foi feita neste sábado (13/9) durante agenda no Hospital Universitário de Brasília; de acordo com Lula, mutirões não precisam ser a cada três meses
Lula pediu mais mutirões em uma agenda com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. (Foto/Ricardo Stuckert/PR)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sugeriu a ampliação de mutirões para diminuir a fila do Sistema Único de Saúde (SUS), especialmente no atendimento com especialistas. A proposta foi dirigida ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, neste sábado (13), dia dedicado a mutirões de saúde pelo país.
Ao participar da ação no Hospital Universitário de Brasília (HUB), Lula falou que “o mundo não conhece” a palavra mutirão, que será incluída no dicionário mundial pelo Sul Global e pode servir para várias ações, como "acabar com guerra e acabar com a matança na Faixa de Gaza".
Ele comentou sobre a ação deste sábado, e fez a cobrança. O presidente afirmou que “a fila” do SUS “tem jeito”, mas é preciso “fazer mais enquanto a gente não tem todos os médicos que o Brasil precisa em todos os hospitais”, pedindo apoio das unidades universitárias.
“Eu acho maravilhoso 29 mil atendimentos hoje. Mas a gente pode fazer muito mais. Nós temos que mapear quais as sequelas mais sofridas pelo povo, se é apendicite, se é vesícula, qualquer coisa, e a gente fazer mutirão para acabar com isso. Não tem sentido a gente deixar um cara sofrendo dois anos por causa da vesícula”, disse.
“Seria um desafio para nós mapear quais as coisas que nós temos mais acumuladas e fazer mutirão não uma vez a cada três meses, mas quem sabe a gente dedicar o mês inteiro em mutirão. Por exemplo, para tratar das doenças das mulheres. Quais são os problemas das mulheres? Vamos identificar e fazer mutirão, pegar um mês para acabar com os problemas. Depois, mais um mês para pegar os velhinhos como eu e cuidar também. O meu já é caso de geriatria, então é mais demorado”, completou.
A fala de Lula foi direcionada também ao ministro da Educação, Camilo Santana, e ao presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), Arthur Chioro. A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, também estava no palco.
Ainda no evento, Lula falou que é preciso trocar o nome da Ebserh. “A gente tem que mudar esse nome Ebserh. Parece um nome holandês, uma coisa grega. Não é possível, tem que ter um nome mais digerível. ‘Minhocão’, qualquer coisa. O comunicador que criou isso aqui, na época que foi criado, de comunicação não entende nada. Esse é um dado concreto. Nós temos que fazer um nome mais popular para uma coisa extraordinária como essa”, afirmou.
O mutirão, chamado de “Dia E – Ebserh” acontece em 24 estados e no Distrito Federal neste sábado para atendimento da população no programa “Agora Tem Especialistas”. Estão previstos mais de 29 mil exames, consultas e cirurgias eletivas desafogar a demanda do SUS por serviços especializados de média e alta complexidade. O último mutirão foi realizado em julho, com 12,4 mil atendimentos, e o próximo está marcado para dezembro.
Fonte: O Tempo