Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) calculou que, apesar dos efeitos nocivos da crise mundial iniciada há um ano, 503 mil pessoas deixaram
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) calculou que, apesar dos efeitos nocivos da crise mundial iniciada há um ano, 503 mil pessoas deixaram a condição de pobreza nas seis principais regiões metropolitanas do país.
O levantamento do Ipea comparou o número de pobres existentes, no Brasil, antes e durante a crise financeira internacional. “Na comparação do período atual com o período anterior à crise, verificamos que 503 mil pessoas saíram da pobreza”, disse o presidente do Ipea, Marcio Pochmann, no lançamento do estudo Desigualdade e Pobreza no Brasil Metropolitano Durante a Crise Internacional: Primeiros Resultados.
O estudo abrange as regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. Segundo Pochmann, parte da redução se deve às políticas nacionais que visaram proteger a base da pirâmide social. “Houve uma série de decisões que ajudou a criar uma rede de proteção social àqueles segmentos mais vulneráveis da população brasileira”, afirmou o presidente do Ipea. “Entre elas, houve a elevação do salário mínimo e a ampliação do programa Bolsa Família, que impediram que o Brasil tivesse a pobreza aumentada, como havíamos observado em outros momentos de crise”, completou.