Negociação salarial do setor hoteleiro emperra

Sindicato dos Empregados do Setor Hoteleiro e Condomínio reprova proposta apresentada por patronal. A categoria está em negociação e pede reajuste de 14%, entretanto os representantes do sindicato patronal ofereceram apenas 7%. Segundo o presidente do sindicato dos empregados, Milton Ferreira Amaral, a quantia oferecida pelo patrão está muito abaixo do solicitado. Se não for atendida a reivindicação, de ao menos 10% de reajuste, os sindicalistas já falam em greve no setor hoteleiro.

“O piso salarial para os profissionais que trabalham nos hotéis é de R$ 610, e a data base é 31 de abril. Estamos solicitando pelo menos o reajuste salarial, assim como aconteceu com o salário mínimo, de 14,3%. Mas os patrões ofereceram apenas 7% de aumento, com o piso chegando em torno de R$ 740. Além disso, fizemos outra proposta, pedindo para que seja alterada a data base, passando de abril para janeiro. Neste caso, até aceitaríamos o reajuste de 7%, mas não houve negociação com o sindicato patronal”, afirma.

Já para trabalhadores de condomínio, segundo Milton, a proposta do patronal foi um pouco melhor, oferecendo reajuste de 15%. Entretanto, o sindicalista afirma que algumas cláusulas precisam ser repensadas, como a mudança no banco de horas, que se tornaria flexível.

De acordo com Milton, a negociação está sendo realizada entre os representantes jurídicos do sindicato patronal e a categoria já se pronunciou, dizendo que não aprova essas medidas. “Ainda não marcamos um novo encontro, mas já estamos pensando em procurar o Ministério do Trabalho, para fazer o acordo, indo a dissídio coletivo, com a possibilidade de deflagrar uma greve no setor hoteleiro”, afirma Milton, lembrando que, hoje, mais de 1.200 profissionais estão associados e não concordam com a contraproposta.