Procura por produtos juninos movimenta supermercados

Os empresários do setor supermercadista esperam aumento no faturamento devido a procura por artigos relacionados às festas juninas. De acordo com o empresário Neilson Batista de Carvalho, logo nos primeiros dias de junho, os comerciantes preparam os estabelecimentos para receber os consumidores, pois nesta época do ano as vendas de artigos e alimentos típicos aumentam bastante.

“As lojas já estão enfeitadas para entrar no clima junino. Montamos barracas para os produtos mais vendidos nesta época do ano, como o amendoim, pipoca e a paçoca. Além disso, reforçamos o estoque, compramos uma quantidade maior para atender à clientela, pois aumenta bastante a procura desses produtos. Em cada mês temos um diferencial no setor supermercadista, e no meio do ano temos as festas juninas”, explica.

Porém, segundo Neilson, mesmo sendo possível a alta nas vendas deste tipo de produto, o resultado final não é tão significativo no faturamento do mês. “De um mês para o outro, é possível perceber aumento de até 70% nesses artigos, mas esse número não é tão significativo a ponto de fazer diferença no faturamento mensal”, reforça o comerciante.

Quanto ao preço, ao contrário do que dizem alguns consumidores, Neilson afirma categoricamente que não foram registrados reajustes nos valores. “Acredito que os itens não estão caros, pois como compramos uma quantidade maior de produtos, os fornecedores costumam fazer um preço mais barato por conta da demanda. Na verdade, acredito que os consumidores irão perceber preços mais caros depois deste período, pois a compra é menor”, explica o supermercadista, referindo-se à sazonalidade de certos itens.

Porém, a consumidora, Lucília de Sousa Silva Celino, diz que já percebeu aumento nos preços desses produtos típicos em relação ao ano passado. “Todos os anos realizamos festa junina para crianças. Cada um fica por conta de levar um prato típico, e eu terei de fazer o bolo de milho. Já comprei os ingredientes e percebi aumento nos preços, assim como a minha filha, que comprou milho de pipoca. Mas, mesmo assim, não vamos deixar de fazer a festa”, afirma.