Seminário debate impacto de pequenas hidrelétricas no Tijuco

Após intenso debate, o Conselho de Política Ambiental (Copam) retirou da pauta de reunião realizada na última sexta-feira (10) a parte que tratava sobre a apresentação da Avaliação Ambiental Integrada (AAI) da bacia do rio Tijuco. O pedido foi feito pelo Ministério Público e atendido pelo órgão ambiental.

A AAI é um levantamento que aponta os impactos ao meio ambiente a partir da implantação de 13 pequenas centrais hidrelétricas na bacia do rio Tijuco. Conforme acordado anteriormente, os responsáveis pela obra deverão promover um seminário a fim de explicar à população o que é e como será desenvolvido o projeto das hidrelétricas e expor seus impactos na região. É importante lembrar que o Tijuco é o único rio com vazão e extensão de grandes proporções na região de Uberaba que ainda não possui barragens.

Técnicos apontaram várias fragilidades na AAI que poderão ser questionadas durante o seminário, agendado para o dia 20 de junho, na vizinha cidade de Ituiutaba. De acordo com os técnicos, a energia ofertada pelas hidrelétricas não será necessariamente destinada ao consumo local, sendo toda direcionada para o país.

O promotor de Meio Ambiente, Carlos Alberto Valera, que também é conselheiro do Copam, confirmou que houve intenso debate e que os investidores alegavam que a apresentação da avaliação não traria prejuízo algum, já que não haveria votação sobre deferimento ou não de licenças ambientais.

Valera afirmou que os principais questionamentos que deverão ser levantados durante o seminário dizem respeito à biodiversidade, qualidade da água e reprodução de peixes. Como todos os outros rios de grande porte do Triângulo já possuem barragens, o rio Tijuco é o principal local de reprodução de peixes, o que pode ser prejudicado após a construção das barragens.