A morte foi confirmada por sua esposa, Maria Claudia Tarazona (Foto/Reprodução)
O senador e pré-candidato à presidência da Colômbia, Miguel Uribe Turbay, de 39 anos, morreu nesta segunda-feira (11) em Bogotá, mais de dois meses após ter sido baleado durante um comício na capital colombiana. A morte foi confirmada por sua esposa, Maria Claudia Tarazona.
O ataque ocorreu em 7 de junho, durante um evento de campanha no bairro Fontibón. De acordo com o partido Centro Democrático, homens armados dispararam pelas costas do senador, atingindo-o duas vezes na cabeça e uma na perna. Outras duas pessoas ficaram feridas.
A Procuradoria-Geral informou que seis pessoas foram presas, incluindo um adolescente de 15 anos apreendido no local com uma arma de fogo. O presidente Gustavo Petro determinou prioridade na investigação, classificando o atentado como “um ataque à democracia, à liberdade de pensamento e ao exercício legítimo da política”.
Uribe estava internado na Fundação Santa Fé de Bogotá desde o dia do ataque. Ele passou por múltiplas cirurgias e permaneceu em estado grave. No sábado (9), sofreu uma hemorragia no sistema nervoso central, foi submetido a uma nova cirurgia de emergência e voltou a ser sedado. Não resistiu às complicações.
O atentado contra Uribe foi o primeiro de uma série de ataques recentes a figuras políticas no país, situação que reacendeu o debate sobre a segurança durante o período eleitoral. A Colômbia tem eleições presidenciais previstas para março de 2026.
A morte teve repercussão internacional. O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, expressou solidariedade à família e pediu justiça. O governo brasileiro, por meio do Itamaraty, condenou o ataque e declarou confiança na investigação das autoridades colombianas.
Miguel Uribe era senador desde 2022, quando obteve a maior votação entre os parlamentares eleitos. Ele era neto do ex-presidente Julio César Turbay Ayala e filho da jornalista Diana Turbay, sequestrada e assassinada em 1991 por integrantes do Cartel de Medellín.