Desembargadores da 1ª Câmara Criminal do TJMG negaram, por unanimidade, pedido de Habeas Corpus com intenção de promover o trancamento de Inquérito Policial
Desembargadores da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) negaram, por unanimidade, pedido de Habeas Corpus com intenção de promover o trancamento de Inquérito Policial que investiga dois homens pelo atentado à Aisp Abadia, em outubro de 2010. Os desembargadores justificaram que é impossível o trancamento do inquérito, “porque visa tão somente à investigação com base em elementos informativos de suspeita, não trazendo prejuízo aos impetrantes”. Porém, foi determinado o retorno do inquérito à Delegacia para conclusão.
Segundo o acórdão, advogado de defesa alegou que os dois indivíduos respondem pelo crime de homicídio. “O primeiro foi abordado quando guardava um veículo de mesma marca e modelo do utilizado no momento do crime, todavia não restou comprovado que o veículo em questão era o mesmo utilizado para a prática do delito. Já o segundo, não se sabe nem o motivo pelo qual está sendo investigado no presente inquérito, tendo em vista que não existe probabilidade de seu envolvimento, somente o fato de ser irmão dos outros suspeitos, o que definitivamente é inadmissível. Salienta, ainda, que a denúncia foi oferecida com base em meras suposições, inexistindo justa causa”, revela a defesa no acórdão.
Porém, os desembargadores decidiram que a alegação não oferece justa causa para trancamento da investigação, já que o inquérito tem como objetivo investigar para descobrir a verdade, aprofundando análises e depoimentos que são suspeitas de ocorrência do crime. A ausência de justa causa depende de apuração a cargo da Polícia Judiciária. “A lei não vê, neste contexto, constrangimento para o cidadão em ser investigado”.
Crime. Em 1º de outubro de 2010, dois indivíduos promoveram ataque à Aisp Abadia. Em uma moto Falcon, de cor preta, eles dispararam contra o posto. Houve troca de tiros e dois policiais foram atingidos, sendo que um deles morreu. A polícia prendeu e liberou três suspeitos: A.N.F., L.A.F. e S.S.F., 27, sendo que L. foi encontrado morto dias depois.