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Agência da Caixa Federal de Coromandel ficou destruída após a explosão realizada por grupo armado
Bandidos armados com fuzis explodiram caixas eletrônicos da agência da Caixa Econômica Federal (CEF) de Coromandel, no Alto Paranaíba, a 204 quilômetros de Uberaba, e trocaram tiros com a Polícia Militar por cerca de 10 minutos na madrugada de ontem. Câmeras de segurança da região mostraram parte da ação dos bandidos.
Segundo a PM, pelo menos seis homens foram vistos em um Corolla de cor prata, sendo que o grupo se dividiu em uma parte para explodir a agência e outra parte para aguardar na rua e proteger os comparsas. A PM informou que os ladrões usavam fuzis 762 e 556, além de armas de calibre 12.
Imagens de câmeras de segurança mostram um veículo passando aparentemente pela avenida Municipal, que parece ser o Corolla prata. Logo depois, dois homens se aproximam de uma esquina, portando armas longas, e fazem sinais para que um ônibus que se aproxima passe logo. Em seguida, outros dois homens aparecem, sendo que um deles dispara várias vezes para cima e uma fumaça aparece na tela, indicando o momento da explosão.
Policiais militares foram até o local e encontraram os bandidos, dando início a uma troca de tiros que teria durado cerca de 10 minutos. Ninguém se feriu e o grupo criminoso fugiu usando a saída em direção a Paracatu, no noroeste do Estado. No momento da fuga, a quadrilha jogou “miguelitos” (objetos feitos com pregos para furar pneus das forças policiais) pelo caminho. Uma viatura teve um pneu furado. Ninguém foi preso.
Número de explosões este ano é menor que em 2016, mas cidades menores são alvo. Dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) mostram que de janeiro a abril de 2017 foram 83 ataques a caixas eletrônicos em Minas Gerais, contra 127 no mesmo período de 2016 (34% a menos). Já os assaltos a banco somam 16 nos quatro primeiros meses de 2017 contra 17 no mesmo período do ano passado. Essas duas modalidades de crime no interior do Estado chamam a atenção pela violência usada pelos bandidos e pelo baixo efetivo policial nas cidades menores, que na maioria das vezes é inferior à quantidade de ladrões que participam das ações.