EM BELO HORIZONTE

Cafetina de luxo: mulher é presa após obrigar prostituição e impor trabalho análogo à escravidão

As vítimas eram proibidas de retornar para suas cidades de origem e a suspeita lucrava 60% do valor dos programas

O Tempo
Publicado em 15/02/2025 às 08:32
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Uma mulher de 55 anos foi presa por manter quatro mulheres em cárcere privado em uma casa apontada como local de prostituição no bairro Cidade Jardim, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. A Polícia Civil informou que a detenção ocorreu nesta sexta-feira (14 de fevereiro).

As vítimas, naturais de outros Estados, relataram à instituição que eram mantidas em situação degradante pela suposta cafetina — pessoa que lucra com a prostituição alheia. Além disso, eram proibidas de retornar para suas cidades de origem, enquanto a suspeita ficava com 60% dos valores recebidos pelos programas.

Denúncia levou à prisão

De acordo com a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), o esquema foi descoberto após uma das vítimas acionar a Polícia Militar. Os militares foram até o local e ouviram gritos de socorro. Diante da situação, arrombaram a porta da casa. A suspeita tentou se esconder em um porão, mas foi localizada e presa. As quatro mulheres foram resgatadas.

Ainda segundo a polícia, a suspeita já possui histórico de exploração sexual.

Vítimas relatam condições precárias

A delegada Marina Prado, da Delegacia de Plantão Especializada em Atendimento à Mulher, Criança, Adolescente e Vítimas de Intolerância, informou que as vítimas detalharam como viviam no local.

“Apesar de a casa de prostituição ser considerada de alto luxo, as mulheres recebiam um percentual muito baixo em relação ao valor cobrado pelos programas — a suspeita ficava com 60% do montante. Elas também relataram condições ruins de hospedagem, vestuário e alimentação. Além disso, tentavam retornar para seus Estados, mas eram impedidas e forçadas a permanecer contra a própria vontade”, afirmou a delegada.

Mais casos estão sob investigação

A PCMG apura se há mais vítimas e investiga outros crimes ligados à suspeita. “As quatro vítimas que prestaram depoimento não são as únicas que trabalhavam no local. Vamos aprofundar as investigações para identificar outras vítimas. O departamento conta com uma divisão especializada na apuração de crimes sexuais, rufianismo (exploração sexual) e funcionamento de casas de prostituição, que segue investigando esse e outros casos”, declarou Marina.

A suspeita permaneceu em silêncio durante o interrogatório e foi encaminhada ao presídio de Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde aguarda audiência de custódia.

Fonte: O Tempo.

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