TERROR

Cerca de 20 assaltantes invadem empresa no DI-3 e levam R$ 50 milhões em produto

Carlos Paiva
Publicado em 27/07/2023 às 15:58Atualizado em 28/07/2023 às 20:49
Compartilhar

Desde os primeiros minutos de quinta-feira (27), investigadores da Delegacia Especial de Repressão a Crimes Rurais da Polícia Civil do 5ºDPC, coordenados pelo delegado PC Tiago Cruz e chefiados pelo delegado PC Felipe Colombari, estão empenhados em prender quadrilha composta por cerca de 20 homens fortemente armados que invadiu a Sipcam Nichino, localizada na rua Igarapava, no Distrito Industrial 3, fizeram 32 funcionários reféns e roubaram dois revólveres e munições dos vigilantes, além de 37 toneladas de inseticida Altacor, avaliadas em mais de R$50 milhões.

De acordo com o que foi apurado pelo Jornal da Manhã, o assalto à empresa Sipcam Nichino teve início por volta das 21h25 de quarta-feira (26), quando funcionários perceberam interrupção no fornecimento de energia na empresa, deixando o local às escuras pelo período aproximado de quinze minutos.

Após manutenção e restabelecimento da parte elétrica por parte dos próprios funcionários, um novo apagão ocorreu às 23h30 de quarta-feira (26), oportunidade em que um dos vigilantes foi abordado e rendido na portaria por cerca de cinco homens, todos de capuz, vestidos de roupa preta, armados, aparentemente, com submetralhadoras, fuzis e pistolas, proferindo os seguintes dizeres: “Não olhem para a gente, olhem para baixo, não reajam, senão matamos vocês”.

Ainda de acordo com o que foi apurado, durante a abordagem ao vigia na portaria, os autores teriam subtraído o colete balístico e um revólver calibre 38 com 12 munições intactas do vigilante e o obrigaram a realizar a ronda que comumente faz durante a noite usando a motocicleta da empresa de segurança.

Posteriormente, ele ficou rendido na portaria principal, enquanto os autores permaneciam na motocicleta, realizando a ronda, conforme era feita pelo vigilante, provavelmente com o intuito de ludibriar o sistema de segurança acoplado ao colete (GPS).

Um segundo vigilante relatou as mesmas interrupções de energia elétrica e que foi rendido por dois autores, sendo um com roupa da empresa e outro com roupas escuras encapuzados, os quais subtraíram seu armamento, um revólver 38, e o colete, mediante ameaças com armas de fogo, aparentemente pistola cromada e uma submetralhadora. Ele acrescentou que o local onde foi rendido trata-se de um vestiário masculino e que foi encaminhado para a portaria, ficando juntamente com o colega vigilante e um porteiro.

Ele também disse que foi obrigado a realizar rondas com os autores, bem como efetuar ligações para a empresa com a finalidade de confirmar os “toques” para iniciar o trajeto da ronda. Disse também que visualizou os autores adentrando na empresa pelos fundos, com dois caminhões com carroceria tipo baú.

Durante levantamentos feitos pelas equipes de policiais militares do 67ºBPM, foi apurado que foram roubadas, aproximadamente, 37 toneladas de inseticida Altacor (em embalagens de 5kg e 25kg), avaliadas em mais de R$50 milhões. O inseticida teria sido transportado em três caminhões e duas caminhonetes.

Ainda de acordo com o que foi apurado, por volta de 0h25, cerca de trinta e duas pessoas, funcionárias da empresa Sipcam Nichino, teriam sido mantidas como reféns, inclusive sendo trancadas no refeitório, e outras utilizadas para carregarem a carga para os veículos dos autores. Perícia Técnica colheu evidências

Após o roubo milionário, por volta das 4h40 de quinta-feira (27), parte dos autores evadiu-se, sendo que cerca de dez deles ainda ficaram vigiando os reféns. Um dos reféns disse que ouviu um assaltante dizer que “após passarem pela ponte” iriam avisar pelo rádio para liberar as vítimas que eram mantidas reféns.

O inseticida Altacor roubado é do tipo granulado, sendo que os lotes não foram fornecidos pelo funcionário da empresa. A Perícia Técnica da Polícia Civil compareceu no local e colheu o máximo de evidências para confrontar com digitais de suspeitos e confecção de laudo pericial a ser entregue ao delegado PC Tiago Cruz, da Repressão a Crimes Rurais, responsável pela presidência das investigações. 

Assuntos Relacionados
Compartilhar

Nossos Apps

Redes Sociais

Razão Social

Rio Grande Artes Gráficas Ltda

CNPJ: 17.771.076/0001-83

JM Online© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por