Um estudante tentou matar um colega de 17 anos a tiros dentro de uma escola estadual no bairro Santa Cruz, em Ibiá, no Triângulo Mineiro, nessa quarta-feira (29). Com a ajuda do pai, de 45 anos, ele entrou na unidade, atirou algumas vezes contra o alvo no corredor e fugiu em um veículo dirigido pelo adulto. A vítima foi socorrida com múltiplos ferimentos na cabeça e hemorragia no abdômen e encaminhada para o atendimento de urgência. O pai do jovem foi preso em flagrante.
Enquanto era encaminhado para a Santa Casa, o adolescente relatou que o autor do ataque era um estudante da própria escola, que já havia o ameaçado de morte. O conflito estaria relacionado a uma jovem com quem a vítima mantém um relacionamento.
Segundo a Polícia Militar (PM), por meio de imagens de câmeras de segurança, foi possível rastrear o veículo usado no crime, que pertencia ao pai do suspeito. Funcionários da escola confirmaram que o homem teria entrado na unidade logo após os disparos e saído junto com o jovem.
Os militares, então, foram até a residência do homem, que se recusou a abrir a porta. De acordo com o boletim de ocorrência, os policiais precisaram forçar a entrada para realizar a prisão, já que ele havia sido apontado como participante da tentativa de homicídio, junto com o filho.
No carro usado no crime, foi encontrada uma parte do cabo da arma. Também foram apreendidos um projétil de arma de fogo, uma câmera de segurança e o celular do pai do atirador, que serão analisados pela Polícia Civil. O veículo foi levado para um pátio credenciado do Detran.
O adolescente ferido passou por uma cirurgia bem-sucedida no abdômen e segue em acompanhamento pós-operatório. Até o momento, o suspeito de 18 anos não foi encontrado. "A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informa que há inquérito policial para a devida apuração do caso e as diligências estão em andamento", informou a polícia.
A Secretaria Estadual de Educação (SEE-MG) informou que todas as medidas cabíveis foram tomadas imediatamente após o conhecimento da ocorrência, tanto pela direção da escola quanto pela Superintendência Regional de Ensino (SRE) de Patrocínio. Uma equipe da SRE está na escola para oferecer apoio, e o Núcleo de Acolhimento Educacional (NAE), formado por psicólogo e assistente social, se desloca para a instituição a fim de prestar assistência aos envolvidos. "Em conjunto com a equipe escolar, o núcleo vai realizar um plano de ação voltado à mediação de conflitos e à prevenção da violência no ambiente escolar", informou a pasta.
"A SEE/MG repudia qualquer forma de agressão e violência no ambiente escolar e reitera seu compromisso com a construção de espaços educativos seguros, acolhedores e democráticos. Destacamos que a investigação de natureza criminal é de responsabilidade exclusiva das autoridades competentes", acrescentou.
Fonte: O Tempo.