Um homem de 43 anos foi acusado de cometer injúria racial contra uma frentista de posto de combustíveis, de 29 anos, na avenida José Valim de Melo. Ele teria chamado a jovem de “macaca” e, gesticulando com os braços abertos, simulou um primata. A Polícia Militar foi até a casa do acusado, mas ele não foi encontrado. O caso foi encaminhado à Polícia Civil.
Uma guarnição da Polícia Militar fazia patrulhamento quando foi abordada pela jovem, que se encontrava bastante nervosa e chorosa.
A jovem contou que trabalha como frentista no posto de gasolina e que um homem, em um veículo Fiat Palio, durante o abastecimento do carro, começou a questioná-la insistentemente sobre sua naturalidade e proferiu palavras ofensivas, como: “Você é índia? Porque você é descendente de índia”.
De acordo com a frentista, ela afirmou que não gostava de tais brincadeiras e, nesse momento, o homem teria dito: “Então você é uma macaca, porque você é igual a uma macaca, você tem a cara de macaca”. Em seguida, ele passou a gesticular com os braços abertos, simulando um macaco. O homem pagou pelo abastecimento e deixou o local.
Policiais militares pesquisaram a placa do carro e descobriram que o proprietário é morador no bairro Valim de Melo. No local, ninguém atendeu. Em outra casa, nos fundos, uma mulher, após ser informada do ocorrido, alegou que o referido veículo estaria com seu primo e mencionou que ele tem o costume de brincar com os frentistas do posto de combustíveis.
Durante o registro do boletim de ocorrência, a vítima informou que, segundo o gerente do posto de combustíveis, o autor teria ligado diversas vezes para tentar falar com a frentista e pedir desculpas pelo ocorrido.