Vítima disse à polícia que não tinha inimigos e citou apenas um antigo desentendimento com um vereador de Uberaba durante a venda de um apartamento
Um homem de 34 anos foi brutalmente atacado dentro do próprio quarto, na madrugada desta terça-feira (9), após ter a casa invadida por um suspeito armado, na rua João Miguel de Faria, no Jardim Anatê 2, em Uberaba. A vítima foi baleada quatro vezes e encontrada caída na calçada, sangrando intensamente, após lutar pela própria vida.
Segundo informações da Polícia Militar (PM), o morador dormia quando o suspeito — vestido com roupas escuras e usando touca — arrombou o portão e a porta da cozinha, invadindo o imóvel em total silêncio até chegar ao quarto. Sem qualquer aviso, o invasor teria efetuado um tiro à queima-roupa no abdômen da vítima, que reagiu imediatamente, entrando em luta corporal.
Durante o confronto, o atirador disparou novamente, acertando o peito do homem. O morador ainda conseguiu morder a mão do agressor, o que teria feito o suspeito fugir correndo e subir em uma motocicleta descrita como “barulhenta”, possivelmente com escapamento irregular. A vítima afirmou também que o suspeito tinha barba, perceptível pelos faciais que ele sentiu escapando por baixo da touca durante a briga.
Questionado pelos militares sobre possíveis desavenças, o morador relatou apenas um antigo desentendimento envolvendo a venda de um apartamento, em que teria discutido com um vereador. A motivação, porém, ainda é tratada com cautela pelas autoridades.
O SAMU esteve no local e socorreu a vítima, que foi encaminhada em estado gravíssimo ao Hospital de Clínicas da UFTM. Lá, os médicos constataram quatro perfurações de arma de fogo: uma no abdômen, outra no peito e duas nas costas. O homem passou por cirurgia de emergência.
A perícia técnica compareceu à residência para registrar vestígios da invasão e dos disparos. Após o término dos trabalhos, o imóvel foi entregue à mãe da vítima.
A PM segue em rastreamento para identificar e localizar o autor dos disparos. O caso será investigado pela Polícia Civil.