Jairo Chagas
O delegado da Polícia Federal Marcelo Xavier disse que as investigações duraram seis meses e vários arquivos foram apreendidos em HDs, pen drives e mídias
Homem de 25 anos é preso sob acusação dos crimes de obtenção de imagens de crianças e adolescentes com conotação pornográfica, de induzir os menores a se exibirem de forma pornográfica ou sexualmente explícita e ainda, pela distribuição deste material aos menores.
Após a mãe de um menino de 11 anos descobrir que o seu filho estava trocando imagens pornográficas pelo Facebook com uma suposta adolescente de 17, a Polícia Federal (PF), em Uberaba, prendeu na manhã de ontem na cidade o suspeito de 25 anos, que não tem passagens pela Polícia e que agia sozinho.
Durante os seis meses de investigação, a PF comprovou que o perfil da suposta menina na rede social era falso e que na verdade o homem detido era o responsável. Também foi constatado que, além da vítima de 11 anos, o investigado conseguiu fotos e vídeos de outras crianças e adolescentes, utilizando a mesma tática. Na maioria, imagens de meninos.
Após buscas na residência do suspeito, foram apreendidas centenas de arquivos de computador distribuídos em HDs, pen drives e mídias com inúmeras imagens com conotações de pornografia infantil. O suspeito, inicialmente, negou os fatos e, por enquanto, não tem colaborado muito com as investigações.
O homem foi encaminhado à Delegacia da Polícia Federal em Uberaba, onde foi lavrado auto de prisão em flagrante e, em seguida, encaminhado à Penitenciária Professor Aluízio Ignácio de Oliveira.
Além de responder pela posse de material contendo pornografia infantil, ele responderá por induzir criança a se exibir de forma pornográfica ou sexualmente explícita. “E também poderá responder pela distribuição de material pornográfico aos menores, a partir de uma análise que ainda será realizada”, afirmou o delegado-chefe da Polícia Federal em Uberaba, Marcelo Xavier.
A pena para os crimes que o acusado irá responder pode chegar a 15 anos. “E vai depender também do número de vítimas. A cada nova vítima identificada soma-se a pena”, explicou o delegado.
“O conselho que passamos é que os pais sempre fiquem atentos aos seus filhos que navegam na internet e que os tenham acesso às redes sociais deles. É importante que se mantenham vigilantes”, finalizou Marcelo Xavier.