Dois homens acabaram detidos acusados de falsa comunicação de crime; autores pretendiam receber valor do seguro
Foto/Neto Talmeli
Os dois suspeitos acabaram detidos ao tentarem comunicar roubos inexistentes de celulares, para receberem seguro
Dois homens acabaram detidos acusados de falsa comunicação de crime na manhã de ontem. Nos dois casos, autores pretendiam receber valor do seguro de aparelhos celulares.
Na manhã de ontem, I.H.M., 47 anos, compareceu na Aisp Abadia, onde alegou ter sido vítima de roubo. Segundo ele, caminhava pela avenida Orlando Rodrigues da Cunha quando foi abordado por dois homens ocupando moto, um deles portando arma de fogo. No entanto, durante o registro da ocorrência, ele apresentou nervosismo, entrando em contradição ao narrar o fato. De acordo com o registro policial, em dado momento ele mudou novamente a versão do ocorrido, alegando que estava nas proximidades da avenida Deputado José Marcus Cherém, quando se deparou com dois homossexuais. Segundo ele, após combinar programa com um deles, se deslocaram para um terreno nas proximidades, onde teria deixado seu telefone no chão, ocasião em que um dos homossexuais apanhou o aparelho e fugiu correndo.
Diante da nova versão relatada, foi dada voz de prisão em flagrante pela falsa comunicação de crime, sendo o autor conduzido à presença da autoridade policial na Delegacia de Plantão da Polícia Civil. Ao ser questionado, I.H. alegou ter feito seguro para o aparelho e que sua intenção seria receber o valor pecuniário pago pela seguradora.
Outra situação semelhante foi praticada por N.T., 63 anos, que compareceu ao posto policial do bairro Abadia, onde alegou ter sido surpreendido por autores armados em sua residência e que exigiram seu aparelho celular. Durante o relato, a equipe verificou que ele demonstrava nervosismo e tremia. Conforme o boletim policial, após contato telefônico com o filho dele, os militares foram informados de que o celular havia sido furtado e não roubado como alegou N.T. Segundo a falsa vítima, havia sido orientado por uma prima a relatar que havia sido roubado, com emprego de arma de fogo, para fins de ressarcimento do aparelho celular, uma vez que o mesmo possui seguro. Diante da falsa comunicação de crime, N.T. recebeu voz de prisão, sendo conduzido à delegacia de plantão da Polícia Civil para as providências cabíveis.