A ex-vereadora de Uberlândia, apontada como líder de um esquema de exploração sexual de travestis e mulheres trans, foi condenada pela 1ª Vara Criminal da cidade a 14 anos, seis meses e 28 dias de prisão, além do pagamento de multa e perda de bens. A sentença, proferida em 17 de julho, estabelece que a pena seja cumprida inicialmente em regime fechado.
De acordo com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a ex-parlamentar controlava pontos de prostituição no município e usava ameaças para manter o domínio sobre as vítimas. O caso foi investigado no âmbito da operação Libertas, deflagrada em 2021 pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) para desarticular redes interestaduais de exploração sexual.
Além da pena de prisão, a Justiça determinou que a ré pague R$ 20 mil em indenização a cada vítima. Imóveis e veículos adquiridos com recursos ilícitos foram confiscados, como forma de ressarcir parte dos danos causados pelo esquema criminoso.
A operação Libertas já resultou em outras condenações em Minas Gerais e Santa Catarina, com penas que ultrapassam 20 anos de reclusão. Embora ainda caiba recurso, a decisão reforça o trabalho do MPMG no enfrentamento ao crime organizado e à exploração de pessoas em situação de vulnerabilidade.