A mulher foi presa em flagrante pelos crimes de tortura, tráfico de drogas e violência doméstica e familiar (Foto/Divulgação)
Durante a operação “Batida Policial”, realizada pela Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), uma grave denúncia de maus-tratos e tortura veio à tona em Conquista (MG), cidade localizada a cerca de 60 quilômetros de Uberaba. O caso foi revelado após uma ocorrência de agressão entre adolescentes em uma escola do município, acompanhada por conselheiras tutelares.
Durante a apuração do caso, uma das adolescentes envolvidas, de apenas 12 anos, relatou aos policiais militares e às conselheiras tutelares uma série de episódios de violência física e psicológica sofridos dentro de casa. Segundo a vítima, sua própria mãe, de 29 anos, é responsável por agressões constantes, castigos cruéis, queimaduras e cerceamento de liberdade.
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A menina contou que, na madrugada do dia 7 de abril, foi queimada com uma prancha de cabelo e obrigada a permanecer ajoelhada sobre tampas de garrafa por cerca de uma hora. Diante da gravidade das declarações, a jovem foi imediatamente encaminhada à Unidade Básica de Saúde da cidade, onde o médico de plantão constatou escoriações por todo o corpo e uma queimadura de segundo grau.
Posteriormente, o Conselho Tutelar providenciou o acolhimento provisório da adolescente na residência de uma tia, de 27 anos, que assumiu sua guarda. A avó da vítima, de 49 anos, confirmou os relatos da neta e revelou também sofrer ameaças por parte da filha, especialmente quando tenta proteger a menor.
Com as informações repassadas, os militares se dirigiram até a residência da autora, onde ela confessou parcialmente os fatos e admitiu o uso de maconha no local, inclusive na presença de uma criança de colo. Durante buscas no imóvel, os policiais militares encontraram entorpecentes — entre eles maconha prensada, uma bucha de maior proporção, uma lâmina com vestígios de droga e uma balança de precisão — todos escondidos dentro de um quarto trancado, no guarda-roupa da acusada.
A mulher foi presa em flagrante pelos crimes de tortura, tráfico de drogas e violência doméstica e familiar. Ela foi encaminhada à Delegacia de Polícia Civil, onde ficou à disposição da autoridade policial.
De acordo com a Polícia Militar, a acusada já é investigada em denúncias anteriores por envolvimento com o tráfico de drogas na região.