O suspeito usava tornozeleira eletrônica e teria cometido o crime na frente dos filhos da mulher, sendo que na fuga cortou o equipamento para não ser localizado
Policiais compareceram à residência, no bairro Anatê, em Uberaba, onde a mulher foi assassinada com um tiro na cabeça (Foto/Divulgação)
Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil/5ºDPC, em Uberaba, investiga o assassinato de mulher, de 30 anos, na rua Alcino Caetano da Silva, Residencial Anatê 2, por volta das 11h45 de domingo (16). Ela foi morta com um tiro à queima-roupa na cabeça. O suspeito do crime seria o companheiro da vítima e estaria com ciúmes da amásia. O acusado usava tornozeleira eletrônica e cortou o equipamento antes de fugir.
Conforme apurou o Jornal da Manhã, o Centro de Operações da Polícia Militar (Copom/190) foi informado de que uma mulher havia sido assassinada e que os filhos dela, ainda crianças, estariam na casa. Imediatamente, uma guarnição policial foi designada para o atendimento.
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No local, policiais militares conversaram com uma testemunha, de 42 anos, que disse ter recebido ligação dos familiares da vítima informando que ela teria sido assassinada pelo amásio dentro da casa e que as crianças ainda estariam no interior do imóvel.
Outra testemunha, de 39 anos, relatou que tomou conhecimento dos fatos e foi até a casa da vítima a fim de verificar os fatos. No local, o portão estava trancado, então pediu a um vizinho que pulasse o muro para abri-lo. Assim que o portão foi aberto, ela entrou e encontrou a vítima sentada no sofá, já sem vida. O corpo apresentava uma perfuração na cabeça.
Ainda conforme a testemunha, as crianças estavam no interior da casa, com vida e aparentemente sem lesões visíveis. Elas foram levadas para a casa de uma vizinha, de 38 anos.
O local foi isolado pela Polícia Militar e um perito criminal, juntamente com o delegado PC Cyro Outeiro e investigadores da DHPP/1ªDRPC, colheu evidências para a confecção de laudo. O corpo da vítima foi encaminhado ao Posto de Medicina Legal para necropsia.
Equipes das polícias Militar e Civil saíram em diligências à procura do acusado, que tem 34 anos. Policiais apuraram que ele estava “tornozelado” e a tornozeleira havia sido cortada e deixada na casa onde ocorreu o crime. Até o fechamento desta matéria, o suspeito não havia sido preso.
O Conselho Tutelar foi acionado para verificar a custódia das crianças, uma vez que na cidade não havia nenhum familiar. Uma conselheira verificou com o juiz de Direito responsável pelo caso e deixou as crianças sob a guarda da vizinha.
Conforme a testemunha, de 42 anos, a vítima teria mandado um áudio, no dia 21 de janeiro passado, no qual ela dizia que estava iniciando um relacionamento com uma paquerinha, pois ele estava querendo assumir os filhos dela e ajudá-la.
Vizinhos disseram que, devido ao casal estar naquele local há pouco tempo, não o conheciam muito bem.