Na madrugada desta segunda-feira (26), por volta das 01h18, as autoridades militares foram acionadas para comparecer à Rua Hipólito Rodrigues da Cunha, no Parque das Gameleiras, em Uberaba. A denunciante, de 48 anos, relatou aos policiais que mantém um relacionamento de união estável com um homem de 31 anos, há cerca de um ano e quatro meses.
Segundo o relato da mulher, no último domingo o casal estava em um clube na cidade de Delta, quando uma discussão motivada por ciúmes levou-os a decidir retornar para Uberaba. Durante o trajeto de volta, o autor teria agredido a vítima com um tapa no rosto, um soco na cabeça, apertado seu braço e tentado jogá-la para fora do carro em movimento, porém sem sucesso.
As agressões deixaram um hematoma no braço direito da mulher, que ainda afirmou ter sido ameaçada de morte pelo companheiro, ouvindo dele as palavras: "Você vai sair do carro agora, eu vou te matar, pois hoje será seu último dia de vida". Ao chegarem em casa, o homem simplesmente a deixou e saiu novamente, retornando apenas na madrugada desta segunda-feira, por volta de 01h.
No momento em que o agressor se aproximou, proferindo ameaças, a vítima pegou seu telefone celular e ligou para a emergência policial, enquanto corria para a rua em busca de segurança.
De acordo com a vítima, essa não foi a primeira vez que sofreu violência doméstica por parte do companheiro, mas o medo sempre a impediu de denunciá-lo. Por sua vez, o homem alegou que houve apenas um atrito verbal entre o casal, negando tê-la agredido e afirmando ter sido vítima de arranhões sem motivo.
Apesar do relato de violência física, a equipe policial não encontrou sinais de desordem ou objetos quebrados na residência.
Em decorrência das agressões relatadas, tanto a vítima quanto o autor foram encaminhados à UPA São Benedito, onde receberam atendimento médico.
A mulher, de 48 anos, apresentava equimoses no braço direito e recebeu medicação para aliviar a intensa dor que sentia, sendo posteriormente liberada. Por sua vez, o acusado, de 31 anos, embora tenha alegado ter sido agredido, não apresentou lesões constatadas pelo médico, de acordo com os relatórios.
Diante da afirmação da mulher de que deseja representar criminalmente contra o autor pelos fatos relatados, ambos foram encaminhados à autoridade de Polícia Judiciária de Plantão para as devidas providências legais.