POLÍCIA

Operação cumpre mandados de prisão de mais policiais civis na Serendipe

Desdobramento da operação Serendipe resultou no cumprimento de mandados de prisão contra policiais civis lotados no Doesp

Thassiana Macedo
Publicado em 09/07/2017 às 09:07Atualizado em 16/12/2022 às 12:08
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Foto/Reprodução Bárbara Almeida/G1

Promotes Daniel Marotta e Adriano Bozola falam sobre operação Serendipe em Uberlândia 

Desdobramento da operação Serendipe, iniciada em junho de 2016, resultou no cumprimento de mandados de prisão contra policiais civis lotados no Departamento de Operações Especiais (Doesp). O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em Uberlândia deflagrou a operação Xeque-Mate, que investiga crimes de corrupção passiva, ativa e falsidade ideológica por policiais civis e o pagamento de mais de R$250 mil em propinas. Desde o início da Serendipe, 18 policiais foram presos preventivamente, sendo cinco somente em Uberaba.

Segundo o Ministério Público, nesta fase foram denunciados oito policiais civis, um delegado e quatro investigadores, os quais, à época dos fatos investigados, supostamente ocorridos em agosto de 2015, faziam parte dos quadros do Deoesp, especificamente da Delegacia de Repressão aos Roubos de Cargas. Além deles, foram denunciados um investigador, que à época encontrava-se afastado de suas funções, e dois investigadores lotados em Uberlândia. Foram denunciadas outras quatro pessoas envolvidas com roubo e receptação de cargas.

A Corregedoria de Polícia Civil também cumpriu, nas cidades de Belo Horizonte e Contagem, cinco mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão, todos contra policiais civis. Dois mandados de prisão, expedidos em face de autores de roubos e receptações, não foram cumpridos, pois os alvos não foram localizados.

Serendipe. A operação, cuja última fase foi realizada na sexta-feira (7), já resultou na prisão preventiva de 18 policiais civis, sendo nove lotados em Uberlândia, cinco em Uberaba e quatro em Belo Horizonte - além de diversas denúncias encaminhadas à Justiça. Todos são suspeitos de envolvimento em esquema de corrupção, mediante extorsão, relacionado ao pagamento e recebimento de propina em benefício de organização criminosa atuante em crimes de roubo de cargas na região.

Em Uberaba, também foi preso o advogado R.B.B., que entrava em contato com os policiais suspeitos para intermediar o pagamento de propinas para que os envolvidos nos roubos de cargas não fossem presos. De acordo com o Gaeco, o advogado ainda teria negociado com a seguradora a devolução da carga e a restituição dos valores roubados.

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