Três mulheres envolvidas em um esquema interestadual de exploração sexual de travestis e mulheres trans foram condenadas à prisão pela Justiça, conforme uma denúncia oferecida pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). O trio foi alvo da operação Libertas, que foi deflagrada em 2021.
De acordo com o MPMG, a denúncia foi recebida pela Justiça em agosto de 2023, mesmo ano em que as acusadas foram presas preventivamente. A sentença da 1ª Vara Criminal de Uberlândia, de 17 de julho de 2025, determinou que as penas deverão ser cumpridas inicialmente em regime fechado — ainda cabe recurso da decisão.
Quem são as mulheres envolvidas?
O órgão apontou que uma ex-vereadora de Uberlândia, considerada a líder do núcleo na cidade do Triângulo Mineiro, foi condenada a 14 anos, seis meses e 28 dias de reclusão pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e rufianismo. A sentença imposta também impôs o pagamento de multa e decretou a perda de bens da condenada.
Outra mulher, responsável por comandar o núcleo em Criciúma, Santa Catarina, foi condenada a 21 anos, 10 meses e 18 dias de reclusão, além de multa, pelos mesmos crimes mais embaraço (conduta de tentar atrapalhar investigação de crime). O Ministério Público acrescentou que uma terceira mulher também foi condenada pelos mesmos crimes a 14 anos, nove meses e 29 dias de reclusão, além de multa.
Multa de R$ 20 mil
As condenadas foram obrigadas a pagar R$ 20 mil de indenização por danos morais às vítimas, além de terem bens, como imóveis e veículos relacionados ao esquema, confiscados.
"Além dessas condenações, outras decisões judiciais já foram proferidas em processos decorrentes da operação Libertas, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com condenações de outros envolvidos a penas que variam de sete a mais de vinte anos de reclusão", pontuou o MPMG.
Fonte: O Tempo.