ABSURDO

Uberaba já registrou 4.000 casos de violência contra a mulher

Rafaella Massa
Publicado em 03/11/2024 às 14:58Atualizado em 04/11/2024 às 05:41
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Uberaba já chegou a registrar 4.000 boletins de ocorrência de violência contra a mulher, segundo a delegada da Polícia Civil, Mariana Pontes. Conforme Pontes, que coordena a Delegacia da Mulher, há uma tendência de crescimento nos registros. Em entrevista à Rádio JM, a delegada trouxe um panorama sobre a emissão de medidas protetivas no município. 

De acordo com Pontes, cada vez mais mulheres têm solicitado medidas protetivas contra seus agressores, e a tendência é de aumento nas denúncias. No entanto, a delegada afirma que esse crescimento reflete a conscientização. 

“De certa forma, esse aumento nos casos de violência doméstica, olhando pelo ponto de vista policial, não é necessariamente negativo, pois não significa, especificamente, que a violência aumentou. Claro que, como fenômeno social, ela tende a crescer, mas o aumento se refere ao número de denúncias. Mais mulheres estão registrando boletins de ocorrência, procurando os órgãos de proteção e a delegacia. Então, esses números crescem, mas isso não significa que todos os casos são novos”, explica. 

Ainda segundo a delegada, cerca de 400 a 500 suspeitos de violência são presos em flagrante anualmente. “Em termos de ratificação, há casos em que o agressor chega a ir para a delegacia, mas, por motivos processuais ou pela ausência da vítima, o agressor acaba não permanecendo preso”, pontua. 

Para a delegada, a famosa frase “em briga de marido e mulher, não se mete a colher” não é verdadeira e, inclusive, deve ser combatida com ações contrárias.

“As pessoas tendem a acreditar que realmente não devem se intrometer, em vez de pensar que aquela pessoa pode ser vítima de feminicídio amanhã. Até pouco tempo atrás, foi feita uma campanha nesse sentido: o silêncio também mata. No vídeo da campanha, um vizinho ouvia gritos diariamente, mas não fazia nada. No terceiro dia, ele chegou e viu a funerária levando o corpo da mulher. É exatamente nesse sentido que precisamos agir, mas, infelizmente, muitas pessoas acreditam que não devem se intrometer”, finaliza. 

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