Prestes a completar 25 anos de mandato, o prefeito Anderson Adauto (PMDB) sai em defesa de uma reciclagem das lideranças de Uberaba. Para ele, chegou a hora de preparar líderes mais novos porque sua geração está ficando velha, em que pese descartar sua aposentadoria. AA estima já para a próxima eleição, em 2012, o surgimento de outras figuras no cenário político especialmente motivadas pelo fato de que os principais expoentes do segmento não estarão no processo de disputa à sucessão municipal.
O peemedebista não poderá ser candidato, já que cumpre seu segundo mandato consecutivo à frente da PMU. Ele, porém, ensina o que chamou de “fórmula ideal” para quem pretende postular a cadeira de prefeito – que pelos termos apresentados, se aplica especialmente ao seu grupo. Conforme AA, primeiro é preciso ter um governo bem avaliado, depois um candidato a sucessão que seja visto como competente e em condições de dar continuidade ao trabalho realizado e, por último, uma ampla aliança para dar sustentação política ao todo.
“Foi assim que a Dilma [Rousseff, presidente da República], e o Anastasia [Antônio Augusto, governador do Estado] venceram as eleições [de 2010]”, aponta AA, para justificar sua receita.
Anderson, aliás, revela que vai trabalhar para fazer seu sucessor se estiver bem avaliado pela população e garante que dentro da sua equipe tem gente preparada para o cargo. Olhando por esse prisma ele entende que se aos olhos do povo seu Governo for bom, os partidos que compõem a sua base serão beneficiados caso queiram lançar candidatos próprios. AA também vê com naturalidade o fato de seus aliados desejarem lançar candidaturas próprias e aponta ser o ideal em uma eleição com dois turnos.
“Eu acho natural que cada partido tenha candidato e no segundo turno componham”, destaca o prefeito, que nesses 25 anos de mandato, também foi deputado estadual por quatro vezes – quando chegou a presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais –, e federal.