Anderson pede que Almir Silva desista de candidatura

Proximidade das convenções esquenta articulações em torno das candidaturas a deputado estadual. Firme no apoio ao projeto do aliado José Luiz Alves (PSL), o prefeito Anderson Adauto (PMDB) está empenhado no convencimento para retirar nomes da disputa. O fim de semana foi para conversa com o PR, que coloca o vereador Almir Silva como pré-candidato à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (Alemg). Desde a semana passada, já corre nos bastidores a desistência da candidatura de Almir.   Para o presidente do PR, Antônio Sebastião de Oliveira, o encontro com o prefeito foi normal e houve apenas um pedido para avaliação da candidatura de Almir na região. De acordo com ele, não há pressão para desistir da disputa e a intenção de AA é fazer um apelo para a unidade do grupo. “O prefeito reconhece a participação do partido na reeleição e capacidade do vereador. Vamos pensar e dar uma resposta”, declara, ressaltando que a decisão sobre a candidatura própria a deputado estadual deverá sair até amanhã, após conversa com lideranças do PR.   Nos bastidores, a informação é que Anderson também se encontrou com Lerin, pré-candidato do PSB, e Tony Carlos, do PMDB, para tentar desencorajar a entrada nas eleições deste ano. No entanto, o prefeito afirma que só esteve com a cúpula do PR por enquanto. “Vamos ver qual será a resposta do PR. Se for positiva, verei como vou agir”, acrescenta.   Segundo AA, o apelo é para benefício da cidade, pois as chances de eleger representante na Alemg são maiores se tiver menos candidatos na disputa. Segundo ele, só existe viabilidade eleitoral para quem tiver votos em Uberaba e região, o que talvez não aconteça com o vereador. “O Almir é um dos possíveis candidatos, com melhor chance de ter boa votação na cidade. Não tenho dúvida. Mas na região ele não teve como viajar em função do trabalho na rádio. Quero saber como o partido vê essa questão. Em tese, eles concordaram com meu raciocínio. Mas vão analisar”, declara.   Questionado se a situação não desencadearia nova rusga com Almir, pois em 2006 a falta de apoio político acabou no rompimento entre os dois, AA garante que não há risco de sequelas, seja qual for a decisão do partido. “Certos tropeções nos ensinam a acertar o passo. Nós estamos com o passo acertado”, disse.