Prefeito Anderson Adauto (PMDB) quer alguém afinado com trabalho da administração municipal como candidato majoritário, sinalizando a possibilidade de apoiar um dos secretários na eleição majoritária de 2012. “Eu gostaria de ter como sucessor alguém que tenha minhas qualidades e não os meus defeitos e sintonizado com o trabalho desenvolvido pelo governo municipal”, afirma. Por outro lado, ele não quer cometer equívocos, colocando que o processo de escolha será democrático, ouvindo todo grupo político.
Seis secretários municipais são pré-candidatos a prefeito pela situação. Quatro do PMDB - Rodrigo Mateus (Governo), Carlos Assis (Desenvolvimento Econômico), Karim Abud Mauad (Planejamento) e Luiz Humberto Borges (Codiub) - e dois do PR - Samir Cecílio (Cohagra) e José Eduardo Rodrigues, Zé da Égua (Infraestrutura) -, além do próprio vice-prefeito Paulo Mesquita. Ainda dentro da administração municipal, a ex-vereadora Marilda Ribeiro de Rezende, atual coordenadora de Políticas Públicas para Mulheres, é pré-candidata ao cargo pelo PT.
Dentro da definição do nome do sucessor, AA assegura que não irá fazer valer a vontade pessoal, avaliando como “erro” sua atitude de impor o nome de José Luiz Alves como candidato a deputado estadual nas eleições passadas. “Errei a forma como lancei o Zé Luiz. Ele é uma pessoa preparada, mas não teve a votação que eu esperava. Talvez tenha errado a forma de conduzir o processo eleitoral, colocando-o na linha de frente como um candidato meu, mas a eleição municipal será diferente”, diz.
Quando se reuniu com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na semana passada, em Brasília, AA foi aconselhado a colocar a “mão no ombro de alguém” e apresentar como o candidato, assim como o petista o fez na indicação de Dilma Rousseff. Como ainda “não tem este ombro”, o prefeito garante que a escolha do nome vai se desenrolar de forma democrática. Ainda ontem ele participou de reunião com dirigentes do PMDB, PT, PR, PSL, PCdoB, PRB E PRTB para dar continuidade às articulações pré-eleitorais. Segundo o prefeito, o encontro teve como objetivo definir os critérios de escolha e o cronograma para tentar, até o fim do ano, afunilar os nomes já colocados pelo grupo político.
AA aproveita para salientar o respeito ao deputado Paulo Piau como pré-candidato, porém, para a martelada final, será preciso ouvir todo grupo político. Inclusive, ele ressalta que foi esta a conversa que teve com o correligionário no sábado passado, após a reunião do PMDB, onde foram definidos sete pré-candidatos pela legenda - um deles do parlamentar. “Eu reconheço a pré-candidatura dele como legítima. Paulo Piau é um deputado comprometido, mas já deixei muito claro que tenho que ouvir os partidos da base e todas outras lideranças. Não quero precipitar nas decisões para ninguém ser prejudicado ou ficar com raiva.”, diz.