Na apresentação do parecer da Comissão de Ética, que apura o comportamento do vereador Borjão, o que não faltou foi troca de farpas
Na apresentação, ontem, do parecer da Comissão de Ética do PMDB, que apura o comportamento do vereador Marcelo Borjão, o que não faltou foi troca de farpas entre as partes. Marcada para começar às 18h, a reunião do colegiado atrasou porque não havia quórum, além de seus integrantes terem sido acusados de cercear a defesa do legislador, em pé de guerra com o comando partidário há quase um ano. Posteriormente, a Executiva municipal passou a analisar o documento, mas até o fechamento desta edição não havia concluído os trabalhos.
O PMDB apura se o comportamento de Borjão é incompatível com o exercício do mandato, se ele foi infiel nas eleições do ano passado e se age com ostensiva hostilidade ao comando partidário. Horas antes da apresentação do relatório o deputado federal peemedebista Paulo Piau foi à Câmara e os dois se reuniram por cerca de meia hora na sala da Presidência.
O vereador abriu o jogo e disse que o parlamentar o procurou em solidariedade. “Ele veio aqui conversar comigo, me desejar sorte para meu futuro político. Fiquei feliz com a visita dele, por sua integridade moral. Ele demonstrou que eu posso não ter valor para alguns do PMDB, mas para o deputado sim.”
Piau deixou a Câmara afirmando esperar que a Comissão tome a melhor decisão para o partido e para o vereador. “Acho que demorou muito, mas nada acontece antes da hora”, finalizou o deputado.