Prefeito Anderson Adauto assume a intenção vender a área onde hoje funciona Bosque Jacarandá para a iniciativa privada. A proposta, ainda indefinida, está relacionada à valorização imobiliária da área, tendo em vista a instalação do futuro shopping center. Com a venda, o Bosque Jacarandá seria transferido para outro ponto da cidade. O prefeito ainda admite que, caso a área seja vendida aos empreendedores responsáveis do novo shopping center, a área ambiental pode ser inserida no projeto que inclui prédios de apartamentos e salas comerciais.
De acordo com AA, a chegada do novo shopping gerou grande especulação imobiliária em torno de lotes vagos na Vila Olímpica. Segundo ele, alguns terrenos que estariam sendo colocados à venda por R$40 mil estão agora sendo negociados à R$60 mil. “E eu tenho um bosque ali”, diz.
Neste sentido, ele confirma a hipótese de vender a área e, ainda, elaborar um projeto para viabilizar um novo bosque, ou até um zoológico, com o dinheiro que poderá ser empenhado para viabilizar a obra. “Os recursos serão carimbados para a construção de um novo bosque. Poderemos ter outro local funcionando muito melhor em uma área bem maior”, diz.
AA nega as especulações de que a venda da área já está sendo negociada com os responsáveis pela construção do novo shopping para transformá-lo em estacionamento. “Não é desta forma”, garante. O prefeito explica que “não pode escolher qual empresa” poderá comprar a área. “Não posso vender à empresa A ou B. Se amanhã eu tomar esta decisão, tenho que colocar aquela área à venda por um preço mínimo. Quem der o maior lance, acima do estabelecido, poderá negociar conosco”, afirma.
Além disso, ele deixa claro que nada ainda está definido em torno da proposta. “Este projeto ainda está em andamento”, esclarece. Mas, ele também não descarta que se a área for vendida aos empreendedores do novo shopping, a parte ambiental pode ser preservada, incorporando-a ao projeto, que contará com dez torres de apartamentos e salas comerciais.
O Bosque Jacarandá possui 33 mil metros quadrados com mata nativa com grande quantidade de madeira de lei e também algumas espécies introduzidas, como jaca, amoreira e a leucena. A árvore mais antiga é um jatobá com mais de 60 anos. Ali ainda funciona um minizoológico, com 250 animais da fauna do cerrado, distribuídos entre 40 diferentes espécies de aves, répteis, mamíferos e exemplares da fauna silvestre ameaçada de extinção.