Arrependido, Borjão pede desculpas por xingamento

O vereador Marcelo Borjão (PMDB) apresentou ontem seu pedido de desculpas público, por ter xingado Jorge Ferreira (PMN) durante a última reunião plenária de maio, com direito a transmissão ao vivo pela TV Câmara. “Quando a gente erra, não pode ter vergonha de reconhecer”, disse ele, que assegurou estar arrependido por ter dirigido a ofensa ao colega. O peemedebista garantiu que jamais fará isso novamente, mas gostaria que o assunto fosse encerrado, para continuar trabalhando pela comunidade.

O caso é apurado pela Comissão de Ética da Câmara, através de um procedimento preparatório, e o veredicto deve sair até esta sexta-feira, informa o presidente do colegiado, vereador Afrânio Cardoso de Lara Resende (PP). Inicialmente, o trabalho seria concluído hoje, contudo, segundo o progressista, optou-se por esperar que Borjão fizesse o pronunciamento em plenário – na primeira reunião do mês –, para avaliar o conteúdo do seu pedido de desculpas.

Para que o peemedebista assim procedesse, Afrânio solicitou ao vice-presidente do Legislativo, Itamar Ribeiro (DEM) – então no comando da sessão –, que abrisse uma brecha entre a votação dos projetos. O democrata acatou o pedido do colega, apesar de ter alertado que estava quebrando o Regimento Interno da Casa, e Borjão pôde se desculpar publicamente. Em que pese ter dito que na gravação da TV não escutou o impropério, ele admitiu que xingou Jorge Ferreira e que ficou muito envergonhado por ter agido desta forma.

Sua atitude arrancou elogios do correligionário Tony Carlos, para quem Borjão agiu como um verdadeiro homem. Já o líder governista e também do PMDB, Cléber Cabeludo, colocou o dedo na ferida e cobrou um pedido de desculpas a Jorge Ferreira, a quem foi dirigido o insulto. Fiel ao seu estilo, Borjão assim agiu, mas não deixou de cutucar o colega, afirmando que ele também precisa pensar no que diz para não ofender seus pares. O fato é que Jorge foi xingado porque disse ao peemedebista que ele faz muito barulho para aparecer.