Em mais um capítulo do embate público entre Marcelo Borjão, e seu partido, a carga agora está direcionada para o presidente da sigla
Em mais um capítulo do embate público entre o líder do PMDB na Câmara, Marcelo Borjão, e seu partido, a carga agora está direcionada para o presidente da sigla, Luiz Humberto Borges, que ontem afirmou que seu correligionário trata a política como se estivesse administrando a própria fazenda. Visivelmente incomodado com a declaração, o peemedebista, porém, aproveita a deixa para fazer deste limão uma limonada, ao declarar que “os assuntos públicos, de interesse público, eu os trato como em minha fazenda, com austeridade, carinho, objetividade, honestidade, seriedade e muito diálogo com parceiros, funcionários e outros”.
Para Borjão, a relação no partido é importante e fundamental para o político, principalmente com mandato eletivo, sendo ainda necessária para conciliar posições e princípios. Contudo, considera que a orientação partidária deve estar de acordo com os anseios da população e cita como exemplo de conflito recente nessa seara a polêmica envolvendo a votação do projeto da ficha limpa municipal, do qual é um dos coautores.
A executiva municipal do PMDB orientou os vereadores da bancada na Câmara a votarem contra a matéria, mas, como pondera Borjão, o tema encontra respaldo social. “O PMDB é um partido multifacetado, com diversas correntes e que em cada Estado, em cada município e até na cúpula nacional seus filiados falam línguas distintas. Gostaria de conhecer a orientação nacional e estadual sobre a ficha limpa para que eu possa definir meu futuro político, e estar onde possa mostrar e demonstrar minha indignação com assuntos emblemáticos no País”, desabafa Borjão, que novamente dá a entender que pode deixar a legenda se os conflitos de ideias se mantiverem.