Iniciada em 1º de setembro, a campanha “O que você tem a ver com a corrupção?” já visitou 34 escolas da rede pública estadual, disseminando as informações para 6.533 alunos do ensino médio e fundamental. Focada no combate às práticas maléficas semelhantes à “Lei de Gerson”, a primeira etapa foi encerrada ontem à tarde na Escola Estadual Tiradentes, coordenada pelo Ministério Público de Uberaba.
As ações, desencadeadas pelo promotor de Defesa do Patrimônio Público, José Carlos Fernandes Júnior, são feitas em parceria com 50 jovens integrantes da Casa Lowtons, Capítulo DeMolay e Bethel (Filhas de Jô), consideradas entidades paramaçônicas. Durante um mês foram treinados para atuar como multiplicadores.
A maioria da população relaciona a prática da corrupção ao campo político. O fato é que o jeitinho brasileiro como furar fila, pedir a um amigo para “ajeitar” uma vaga de emprego anunciada no jornal não traduzem esperteza, e sim corrupção. "A campanha busca reforçar a ideia de que vale a pena ser honesto e que para nossa sociedade melhorar é necessário que cada indivíduo melhore. Afinal de contas, a sociedade somente muda quando os indivíduos que vivem nela mudam", avaliou Clayton Monteiro Cruvinel, um dos multiplicadores.
Engajado nas palestras, o professor Florípedes Feliciano da Silva disse considerar a campanha de enorme valor moral, voltada para o incentivo da prática do bem.
Na medida em que os profissionais repassavam os exemplos, os estudantes se mostravam surpresos com a definição de corrupção. No entender do mobilizador Edivar Borges Marques, o combate deve ser constante. “Se conscientizarmos nossas crianças, teremos adultos honestos”, frisou.
Em 5 de outubro começa a segunda fase da campanha junto aos alunos das escolas da rede municipal. "O contato com os jovens envolvidos nesta campanha estimulou minha crença de que estamos muito longe da concretização da malfadada profecia de que um dia o homem terá vergonha de ser honesto. Pelo contrário, esses jovens vêm dando um verdadeiro show de civismo, mostrando que é bom ser do bem”, avalia Fernandes Júnior.