A decisão do PR de ter candidatura própria à sucessão do prefeito Anderson Adauto não significa um racha na base
A decisão do PR de ter candidatura própria à sucessão do prefeito Anderson Adauto (PMDB) não significa um racha na base de sustentação da atual administração. Quem garante é o vereador Almir Silva, 72 horas depois do anúncio oficial do partido, que turbina sua pré-candidatura ao cargo de chefe do Executivo municipal. Ele também revela que diante dessa deliberação, não há que se falar em migrar para o PSD – nova legenda que busca sua regularização junto à Justiça Eleitoral.
“Meu sonho sempre foi ver o PR ter uma candidatura numa linha nova”, afirmou Almir, citando que esta posição foi construída ao longo da última semana em seguidas reuniões com o presidente da legenda, deputado federal Aelton Freitas, e outros correligionários. O vereador, que prefere usar o termo via alternativa a terceira via – porque, segundo ele, parece terceiro lugar – diz que a decisão, já comunicada ao prefeito, também se baseia na possibilidade real de haver dois turnos no pleito do ano que vem.
A se julgar pela declaração de Almir, de que também na sexta-feira as lideranças do PR sentaram-se com representantes do PDT e do PTB – partidos que dão sustentação ao Governo Antonio Anastasia (PSDB) –, a via alternativa poderá reunir correntes que até então marchavam em lados opostos no município. Vale observar, porém, que em Minas os republicanos também são da base do tucano e, de acordo com o vereador, a conversa girou em torno do novo para Uberaba. Almir reitera que é o primeiro da fila na indicação do pré-candidato da legenda e, embora afirme que não está cobrando fatura, gostaria que ninguém a furasse. “Estou me preparando para ser o nome do PR”, destaca, ponderando que a legenda tem que buscar seu espaço e que essa definição não pode se alongar muito.