A última reunião plenária do mês – iniciada com 45 minutos de atraso – foi marcada pelo retorno de Chiquinho da Zoonoses
A última reunião plenária do mês – iniciada com 45 minutos de atraso – foi marcada pelo retorno à Câmara de Chiquinho da Zoonoses (PR), sustentado por uma liminar do Supremo Tribunal Federal. Ele foi muito aplaudido ao ser chamado para reassumir o posto e, ao discursar, agradeceu especialmente aos presidentes do Legislativo, Luiz Dutra (PDT), e de seu partido, Nagib Facury, e a Antônio Sebastião de Oliveira, o Toninho, ex-dirigente partidário e um de seus maiores apoiadores. Seu colega de Câmara e correligionário Almir Silva também recebeu uma deferência. Chiquinho não se esqueceu dos demais vereadores, em que pese não ter citado nomes.
A liminar obtida junto ao Supremo é resultado de um pedido de suspensão de segurança impetrado pelo Legislativo no início do mês, sendo que a presidência da Casa requereu a derrubada da decisão de segunda instância que garantia a vaga a José Antônio Fernandes Cardoso (PSB) – o caso ainda não transitou em julgado, ou seja, o mérito da ação ainda será analisado. Chiquinho e Cardoso digladiam pela cadeira desde a renúncia do hoje deputado estadual Antônio Lerin (PSB), sendo que, a partir de então, Dutra convocou o republicano, por ser ele o primeiro suplente da coligação, com 2.653 votos.
Chiquinho foi empossado em 7 de fevereiro e perdeu o posto quatro dias depois por força de uma liminar de primeira instância com base em uma decisão do Supremo de que as vagas pertencem aos partidos. Cardoso exerceu a vereança por pouco mais de dois meses, período em que chegou a receber uma sentença favorável da 5ª Vara Civil, mas que foi reformada quando a mesma corte mudou seu posicionamento por dez votos a um.
Porém, sua defesa foi ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais, alegando que não cabia mais manifestação de primeira instância no caso e Cardoso voltou ao Legislativo com base em decisão do desembargador Maurício Barros, agora derrubada pelo STF. Em todos esses meses, Dutra foi o mais fiel defensor de que a vaga pertence à coligação – “como é prática há quarenta anos no Brasil e conforme a Lei Eleitoral 9.504/97” – e ontem ganhou um agradecimento público do republicano.
Disse ele que “durante esse período, Dutra não esteve ao lado do vereador Chiquinho da Zoonoses, e sim ao lado da justiça, da ética e do firme compromisso de lutar por aquilo que é certo. Os grandes homens, como o senhor, se posicionam, os covardes ficam em cima do muro”, discursou o republicano, que mais tarde revelaria à imprensa que não fosse esse apoio, poderia ter desistido da disputa pela cadeira de vereador. Agora, de volta ao cargo, pretende dar uma turbinada no trabalho social, que já realiza junto aos jovens dos bairros Tutunas, Santa Marta, Mercês, Jardim Uberaba. E mais: prepara alguns projetos para julho. Chiquinho diz acreditar que Cardoso vai tentar outras manobras jurídicas para voltar à Casa, no entanto, afirma: “Tenho fé em Deus que não vou sair daqui. Essa cadeira é minha!”.