A recusa por parte da Prefeitura em fornecer alimentação aos professores da rede municipal de Educação, mobilizou a Comissão de Educação e Cultura do Legislativo. Os educadores em especial da zona rural pleiteavam o direito de fazer as refeições nas escolas justificando a escassez de tempo para locomoção. A empresa fornecedora dos kits de alimentação, a Nutriplus, pode prover mediante o pagamento de R$ 4 por dia, descontados em folha. Na tentativa de reverter a situação ou encontrar soluções economicamente viáveis para os servidores, o presidente da comissão Carlos Godoy (PTB) se reuniu com o secretário de Educação do Município, Marcos Bordon. Durante a reunião, o vereador foi informado pelo titular da pasta, que apenas 112 servidores de um universo de 2.800 professores manifestaram tal interesse. Para reduzir custo e tornar o fornecimento viável, o número de interessados deveria ser triplicado. A gratuidade está fora de cogitação em razão dos recursos serem oriundos do Programa Nacional de Alimentação Escolar, do Governo Federal direcionados exclusivamente para alunos. A justificativa é de que o município pode ser enquadrado na Lei de Responsabilidade Fiscal. O secretário que ainda não estava demissionário no momento da reunião reiterou que a PMU fornece o ticket alimentação a todos os servidores e o fornecimento gratuito incorreria em duplicidade de benefício. As garantias de reuniões e tentativas de negociação por Marcos Bordon junto aos dirigentes das escolas caem por terra, com o anúncio de sua saída. Em entrevista ao Jornal da Manhã, o vereador Carlos Godoy reafirmou o interesse em persistir nas negociações com a subsecretária Mara Bóscolo que exercerá o cargo interinamente. “Precisamos encontrar alternativas para que os professores possam se alimentar sem precisar carregar marmitas”, finalizou Godoy.