Apesar de ação judicial movida por prefeitos da região, por meio da Amvale, o leilão aconteceu ontem, na Bolsa de Valores de São Paulo
Grupo Rotas do Brasil é formado pela associação do fundo de investimentos Kinea com o Grupo Way do Brasil e arrematounesta quinta a concessão da BR-262, entre Uberaba e BH (Foto/Divulgação)
Com desconto de 15,30% sobre a tarifa básica de pedágio prevista no edital, o grupo Rotas do Brasil S.A, formado pela associação do fundo de investimentos Kinea com o Grupo Way Brasil, arrematou a nova concessão do trecho da BR-262 entre Uberaba e Belo Horizonte. O leilão foi realizado ontem, na sede da Bolsa de Valores em São Paulo.
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Às vésperas da sessão, prefeitos da região ingressaram com ação na Justiça Federal, mas não conseguiram liminar que impedisse a realização do leilão.
Duas propostas foram apresentadas para disputar o contrato da BR-262. O outro concorrente foi o banco BTG, que montou uma área só para entrar em concessões.
A vencedora iniciou com desconto de 11,78%, enquanto a outra empresa entrou com proposta de 8%. Houve disputa de lances até chegar ao percentual de 15,30% e os representantes do banco BTG declinaram de apresentar contraproposta. Com isso, o grupo Rotas do Brasil foi declarado ganhador do certame.
Em pronunciamento na sessão, o conselheiro do grupo, Giovani Moti, afirmou que a nova concessão garantirá ao usuário da BR-262 uma nova rodovia, com muito investimento, segurança e trafegabilidade. "Nessa parceria entre o Grupo Way e a Kinea criamos uma plataforma com robustez financeira e expertise construtiva e operacional [para executar os projetos]", declarou.
Se não houver entraves, a previsão do governo federal é que o resultado seja homologado e publicado no Diário Oficial da União em 9 de dezembro. Em seguida, até 22 de janeiro, a vencedora do certame deverá apresentar documentos para comprovar atendimento das condições prévias à assinatura do contrato de concessão.
O cronograma do governo federal prevê que o contrato de concessão seja assinado em 11 de fevereiro de 2025, para que a empresa assuma efetivamente a operação da rodovia.
Considerando que se trata de um trecho em fase de devolução, haverá um período de transição operacional entre a operadora atual, Triunfo Concebra, e a futura concessionária. Para isso, a nova administradora deverá elaborar um plano de transição para assegurar a continuidade dos serviços.