A Câmara ainda não recebeu o relatório elaborado pela comissão sindicante que apurou denúncias de maus-tratos contra os internos
A Câmara ainda não recebeu o relatório elaborado pela comissão sindicante que apurou denúncias de maus-tratos contra os internos do Centro de Atendimento e Reeducação Social do Adolescente e Menor Infrator (Caresami). O documento – que não apontou nenhuma irregularidade – foi divulgado no dia 25 de julho e sequer os vereadores foram chamados para participar do ato, assim como também não acompanharam as investigações, que duraram dois meses.
Presidente da Comissão de Direitos da Criança e do Adolescente, Almir Silva (PR) revela que não foi convidado para tomar parte dos trabalhos, mas defende o repasse do resultado das apurações ao Legislativo. “É importante mandar o relatório por uma questão de transparência. Conheço e sei da competência do coronel Antônio [Souza Filho] e acredito que ele não vai se furtar a encaminhá-lo”, aponta, para na sequência assegurar que se até o fim da semana o documento não chegar à Casa, vai acionar seus colegas para que juntos cobrem o envio.
Almir estava viajando – por conta do recesso de plenário em julho – quando o relatório foi divulgado, mesmo assim manifestou à ocasião o interesse em conhecer seu conteúdo, “para que de fato a gente saiba o que aconteceu e o que foi apurado”. Como ele, o presidente da Comissão de Direitos Humanos, do Idoso e da Mulher, Lourival dos Santos (PCdoB), solicitou uma cópia do material. Ainda ontem, durante a segunda reunião plenária do mês, o vereador Marcelo Borjão (PMDB) requereu informações sobre quando acontecerá a transferência da gestão do Caresami para o Estado.
A questão foi colocada pelo prefeito Anderson Adauto (PMDB) no mesmo dia da divulgação do relatório. Hoje está prevista uma reunião entre o superintendente da Subsecretaria de Atendimento às Medidas Socioeducativas (Suase), Ronaldo Pedron, e a secretária municipal de Desenvolvimento Social, Maria Thereza Rodrigues da Cunha (Tetê), para discutir a transferência.
Mais. Os vereadores voltam hoje ao plenário para mais uma reunião destinada à votação de projetos. A extensa pauta tem sete proposições, seis de autoria do Executivo e uma do vereador Afrânio Cardoso de Lara Resende (PP), que institui a execução do Hino Nacional, com caráter obrigatório, antes do início das partidas de futebol de campo profissional.