Comissão de Ética do PMDB fará a apresentação oficial do parecer sobre as investigações em torno do vereador Marcelo Borjão, dia 6 de setembro, véspera do feriado dedicado à Independência do Brasil. Os integrantes do colegiado vão se reunir com ele a partir de 18h, e, segundo seu presidente, Júlio César Aguiar, o documento que será apresentado é resultado de um trabalho feito com seriedade e transparência.
Há quase três meses o partido apura se Borjão tem comportamento incompatível com o mandato – por ter xingado o colega Jorge Ferreira (PMN) em plenário –, se foi infiel nas eleições presidenciais do ano passado – por ter declarado que votou em candidatos de outras agremiações que não o PMDB e seus aliados – e se age com ostensiva hostilidade à Executiva estadual. As investigações foram iniciadas no princípio de junho, à época sob a responsabilidade do então presidente da Comissão de Ética, professor Antônio Bernardes.
A morte prematura de Bernardes, em meados de agosto, alterou a composição do colegiado, que foi entregue a Júlio César. Antes da apresentação do relatório a Executiva do PMDB faz sua reunião mensal – toda primeira sexta-feira do mês, portanto hoje – quando deverá tratar também deste assunto. Borjão e o partido estão em rota de colisão desde o fim do ano passado, quando ele levou ao comando estadual a suposta infidelidade partidária praticada no pleito de 2010, quando a maioria de seus correligionários optou por apoiar José Luiz Alves (PSL) para deputado estadual em detrimento da candidatura própria de Tony Carlos.
Desde então que o clima entre o vereador e os dirigentes do PMDB vem azedando, tanto que ele chegou a pedir para ser expulso, ação notadamente voltada a preservar seu mandato. O prefeito e peemedebista Anderson Adauto rechaçou a hipótese, “para não fazê-lo de vítima”, sendo que o desfecho desta novela deverá ter seu derradeiro capítulo na semana que vem.