O resultado da reunião entre o prefeito Anderson Adauto e os sindicatos dos Servidores Públicos Municipais (SSPMU), dos Educadores (Sindemu) e dos Trabalhadores da Indústria da Purificação e Distribuição de Água e Serviços de Esgoto (Sindae) pode implicar em uma paralisação no Codau. Pelo menos foi o que sinalizou o presidente da entidade que representa os funcionários do Centro Operacional de Desenvolvimento e Saneamento de Uberaba, Jasminor Francisco da Costa, alegando que AA está fazendo “a gente de palhaço.”
O prefeito anunciou aos sindicalistas que vai conceder o plano de saúde conforme a pauta de reivindicações de 2011, nada mais, frustrando as expectativas em torno de um reajuste salarial e do tíquete-alimentação, hoje de R$210. Ele sinalizou com a possibilidade de retomar, pela segunda vez, as negociações – agora em novembro –, quando terá um novo balanço da receita e uma previsão de arrecadação para 2012. “Neste momento eu não consigo fazer as duas coisas, por isso optamos pelo plano”, ressaltou AA. Já nesta sexta-feira será criada uma comissão de trabalho formada por representantes dos sindicatos e da administração para traçar seu cronograma de implantação.
A diretoria do SSPMU vai se reunir hoje para definir as medidas a serem adotadas em relação ao resultado das negociações. “É claro que se trata de uma conquista importante, pois vínhamos lutando pelo plano há vários anos, mas só o plano não contempla o sindicato e nem os servidores municipais de um modo geral”, se queixa o presidente da entidade, Luís Carlos dos Santos. Fazendo coro com ele, os diretores Acinério Mendonça (secretário) e Carlos Humberto Costa (social) argumentam que os trabalhadores e o sindicato esperavam um reajuste no tíquete-alimentação e, ainda, uma melhoria salarial, levando-se em conta que o prefeito só concedeu 6,55% de aumento para os salários em março. “Na reunião desta sexta-feira vamos decidir se convocaremos uma assembleia e, ainda, caso a convocação seja aprovada, que critérios serão adotados”, diz o presidente.
Para Jasminor “a Prefeitura tem dinheiro a rodo” e os servidores não têm valor. Ele assegura que se a categoria optar pela greve, vai acatar.